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ESPELHO

Miranda Sá (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

“O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa  reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença”.
                                                                     Luiz Fernando Veríssimo

O espelho, oito mil anos atrás, segundo arqueólogos, eram pedaços polidos de obsidiana, e foram encontrados na Turquia e também no Iraque e na América. No antigo Egito e na Mesopotâmia eram feitos de cobre polido, e na velha China, de bronze.

A História registra que os espelhos de vidro com uma lâmina de ouro no verso surgiram em Roma sendo usados até o Renascimento; artesãos europeus encontraram uma forma de barateá-los, cobrindo uma das faces de um vidro com fina amálgama de mercúrio.

A criação do espelho com um revestimento de prata é atribuída ao químico alemão Justus Von Liebig, em 1835 e então se popularizou.

Seu uso é diverso, serviu até para enganar os índios, após a descoberta do Brasil, que trocavam toneladas de pau brasil por um deles, que se divertiam olhando-se e fazendo caretas…

Da inocência de refletir a imagem ou a luz, os espelhos chegaram à indústria bélica, na construção de periscópios que permitem ver além de um obstáculo, dando a imagem num nível superior ao que nos encontramos.

Figurativamente, no espelho se vê (sem redundância) como exemplo, modelo, representação… No conhecido conto dos Irmãos Grimm, “Branca de Neve e os Sete Anões”, uma rainha muito vaidosa, madrasta da princesinha, se perguntava a um espelho mágico qual a mulher mais bela do reino, e o espelho sempre respondia que era ela; um dia, o objeto indicou Branca de Neve, já moça feita, como a mais linda. A bruxa ciumenta e invejosa, ferida no seu orgulho, mandou matar a enteada…

Eu, quando me levanto pela manhã, vejo-me no espelho com o rosto do meu pai, e me sinto como se fizesse uma oração para ele, a quem admirava e amava muito. Há gente que não gosta de se olhar no espelho. Nem pela imagem, nem como modelo.

O pelegão Lula da Silva é um deles; teme reconhecer o seu envelhecimento e a cara de alcoólatra. Transfere para os outros o que espera do seu reflexo. Nesta campanha eleitoral, bravejando insânias contra o adversário do seu partido, chamou Aécio Neves de “filhinho do papai”.

Lula não se deu a pensar na carreira meteórica para o enriquecimento do seu “filhinho do papai”, Fábio Luiz Lula da Silva, hoje muitas vezes milionário, acumulando riquezas no exercício da presidência do pai. Lula, porém, ironiza Aécio, que na juventude trabalhou como bancário, e, ignorante que é, distorceu um velho ditado português.

O adágio luso se refere a um pai que educa o filho para ser honesto e virtuoso, e reza: “Bendito aquele que consegue dar aos seus filhos asas e raízes”. Não foi o que ocorreu com ele vendo de um filho servente do jardim zoológico, despreparado, aproveitar-se das bandalheiras de um governo corrupto.

Ainda na campanha eleitoral, além da irresponsabilidade doentia de Lula, o lulo-petismo e a sua candidata, Dilma, fizeram um pacto com o diabo e só vêem a realidade às avessas… O espelho da sua propaganda é o retrovisor: só se volta para o passado sem se preocupar com o futuro que os brasileiros almejam.

Três quartos do programa eleitoral lulo-petista são de ataques a Aécio. Mentiras distorcidas, não provadas, que são contestadas com documentos e testemunhos. Mas “elles” insistem adotar a tática de Goebbels como bons nazistas. Dizia o marqueteiro de Hitler: “A mentira quanto mais repetida, mais se aproxima da verdade para as massas não esclarecidas”.

Pelo crescimento dos que lutam pelas mudanças, estas eleições vão fazer os pelegos petistas olharem o espelho de um novo Brasil. Com Aécio Neves na presidência, o País voltará a ser sério, desenvolvido, e com verdadeira justiça social. Melhor ainda, teremos uma Nação alegre, sem ameaças à nossa segurança nem à nossa liberdade.

Miranda Sá

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