A oposição reclamou da comparação feita por Lula entre Dilma Rousseff e Nelson Mandela, no programa eleitoral do PT. Pura perseguição.
Dilma e Mandela têm tudo a ver. Ela é mulher, ele é negro – o que na aritmética eleitoreira da esquerda dá no mesmo.
Tanto Dilma quanto Mandela ascenderam politicamente após fenômenos históricos: na África do Sul, a queda do Apartheid; no Brasil, a queda dos mensaleiros – que deixaram o PT sem candidato e obrigaram Lula a inventar Dilma.
A própria candidata já explicou que a diferença essencial entre ela e Nelson Mandela é que ele ficou preso 27 anos, enquanto ela ficou 3 anos e meio.
Mas não seja por isso: Dilma está correndo atrás dos 23 anos e meio que lhe faltam para se igualar ao líder sul-africano. Faz propaganda eleitoral ilegal, interveio clandestinamente na Receita Federal para proteger a família Sarney, usou a máquina do Estado para montar dossiê contra o presidente anterior, falsificou imagem de atriz famosa em seu site oficial. Ela chega lá.
O presidente do PT citou Voltaire para dizer que “podem achar absurda a comparação, mas não podem tirar de Lula o direito de fazê-la”. Aí foi excesso de zelo. O sagrado direito de falar absurdos já está garantido a Lula há muito tempo.
Para unir seu país, Mandela teve que falar por dialetos. Dilma também. Ouçam-na explicando a comparação feita por Lula:
“Acho que o presidente queria destacar duas características similares das ditaduras: que elas deixam poucas opções para as pessoas. Então quando você, de fato, quer combater as ditaduras efetivamente, não tem muitas opções e recorre aos meios de que dispõe naquele momento”.
Um dialeto altamente cifrado, que nem a famosa Madame Natasha, professora de piano e português, seria capaz de decifrar.
Como se vê, Dilma Rousseff e Nelson Mandela são praticamente a mesma pessoa. A oposição tem que deixar de ser invejosa e procurar um líder à altura da lendária afilhada de José Dirceu.
Guilherme Fiúza, jornalista e escritor
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