A Dialética é o processo analítico do pensamento filosófico, desenvolvido desde a antiguidade clássica, velha Grécia de Platão, Aristóteles e Heráclito de Éfeso (nosso epigrafado), um dos principais filósofos pré-socráticos.
Heráclito precedeu os filósofos modernos com a enunciação da pessoa e do rio que se tornam outros na segunda entrada, porque a correnteza leva as primeiras águas e a biologia orgânica sofre mutações em fração de segundo.
Mais tarde, Friedrich Hegel demonstrou a Dialética como método analítico, teoria que foi apropriada por Karl Marx, para aplicar para explicar o movimento contraditório da História da Humanidade como a história da luta de classes.
Enquanto Marx usou a Dialética no materialismo histórico, Hegel com isenção ideológica mostrou que o método é uma razão que se autogera, auto diferencia e auto particulariza. Embora com abordagem diferente, é válido na análise dos fatos econômicos, políticos e sociais.
A base fundamental da análise dialética é a busca da contradição presente na Natureza e na realidade da vida excluindo a visão unitária na condição natural, deduzindo-a como uma unidade diferenciada; apresenta oposições íntimas como afirmação (tese) e a negação (antítese), que confrontadas, resultam numa conclusão (síntese).
A aplicação básica desse processo obedece à sistemática da afirmação e da negação, uma contradição semelhante ao milenar princípio da filosofia chinesa em que yin e yang são duas energias opostas e complementares.
Do mesmo jeito como o taoísmo descreve duas forças fundamentais opostas e complementares, a dialética vê na contradição o resultado sistemático de um fato. É assim que faço nas minhas observações da política, tentando encontrar o efeito final do raciocínio.
Estas divagações ficariam melhor num estudo acadêmico, mas estou fugindo do meu contumaz estilo para enfrentar críticas em postagens a mim dirigidas.
Uma delas foi a divulgação de um artigo de Madeleine Lacsko que considerei “uma perfeita contradição dialética”, pela colocação no caso revoltante da ação da Polícia Rodoviária Federal em Sergipe, levando à morte um cidadão numa improvisada câmara de gás.
A articulista reviu a primeira nota da PRF classificando o episódio “como uma fatalidade desvinculada da ação policial” e o capitão Bolsonaro, defensor da violência, classificou o caso criminoso como “exageros e pressão da mídia”. Analisando-os, Madeleine concluiu que essas posições não defendem a polícia, ao contrário, abate e aniquila a força policial.
Trata-se de uma conclusão dialética, como ocorre com a outra postagem feita sobre o alerta da Rússia protestando contra o envio pelos Estados Unidos de foguetes avançados para a Ucrânia, jogando mais lenha na fogueira. Intitulei a nota como “Provocação inconsequente de Biden” o que valeu uma crítica.
Por fim, retuitei uma mensagem de @MariaLCAb em que ela diz que “o bolsonarismo é um lulismo de direita. São siameses. Defendem com unhas e dentes as tramoias dos do lado deles”. Na minha análise, a contradição entre os populismos auto-assumidos como “de direita” e “de esquerda” são apenas investidas divergentes para conquistar votos e tomar o poder.
Diante disto, um povo culto e patriota não deve aceitar sem analisar e refletir o que nos reserva o futuro do País nas mãos de um ou do outro. A polarização eleitoral estapafúrdia de Bolsonaro e Lula é antipovo e antinacional; pelo estudo dialético, a semelhança avessa dessas forças nos leva pelo raciocínio lógico à síntese original: a Terceira Via para derrotá-las.
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