Como é de costume no PT-governo, a verdade passa ao largo. Mas, desta vez, no caso do afastamento da secretária da Receita Federal, Lina Vieira, os alquimistas do Palácio do Planalto baixaram de uma vez só duas mentiras.
A primeira impostura foi a divulgação de que foi de responsabilidade do ministro Mantega a demissão de Lina. Esta ordem partiu diretamente de Lula, irritado com a atuação competente e o comportamento correto dela. Segundo o informadíssimo Lauro Jardim, Mantega foi apenas o “portador do cartão vermelho”.
Simultaneamente difundiu-se a outra falsidade: que a saída da Secretária prendia-se a queda da arrecadação – abaixo da registrada em 2008 – deixando o quadro econômico em situação difícil com os cofres esvaziados.
O fato verdadeiro é que a exoneração não se deve às quedas de arrecadação, mas por dois motivos: A mudança estrutural patrocinada por Lina na Secretaria, colocando funcionários de carreira em cargos chave da Secretaria; e o “caso Petrobras”, condenação da manobra contábil da empresa para sonegar impostos, que ela não digeriu.
A situação amedronta porque a ojeriza de Lula à honestidade está transformando o país num valhacouto de corruptos e corruptores.
Quando Lina Vieira assumiu como a primeira mulher no importante cargo, fui um dos primeiros a saudá-la, por conhecer a sua dedicação ao trabalho, sua competência, e a torcida que faço pela ascensão das mulheres ao poder – onde os homens fracassaram seduzidos pelas facilidades que o poder oferece.
Por minha observação pessoal, as mulheres te em apresentado melhores desempenhos do que os homens. Ao aplaudir – uma das poucas vezes que fiz – o PT-governo pela nomeação de Lina, não esperava que ela ficasse somente 11 meses no cargo. Eu sempre me engano com os pelegos de Lula.
Essa gente que conquistou a Presidência da República por um estelionato eleitoral mostrou agora que não respeita os sindicalistas honestos. Não interessa aos que avançam no Erário a decência mostrada pelos auxiliares convocados por Lina na Unafisco – Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais.
O que assustou o enxame de arrivistas que cerca Lula foi o desempenho da equipe que Lina montou com gente idônea e trabalhadora, que aproveitou os bons do tempo de Everardo Maciel, alguns indicados por Antonio Palocci, e deixou para traz quem não queria nada com as responsabilidades aderentes ao comando da arrecadação federal.
Com seu pessoal, Lina perseguiu os sonegadores, e a investigação feita na Petrobras derramou o caldo. Estava em jogo crédito tributário de R$ 4 bilhões da estatal, pela empresa ter abandonado o antigo regime de competência e adotado o sistema de caixa, reduzindo a base de cálculo do IR.
Lina e seus auxiliares não sabiam que a malandra operação contábil da empresa contou com o apoio de Lula e Mantega, que desautorizaram a investigação da Receita e a contestação promovida na Secretaria.
No momento em que a Receita considerou a manobra dos dirigentes da Petrobras suspeita e ilegal, Lina Vieira ficou se equilibrando graças ao apoio dos auditores, seus colegas, e a consciência de que fazia o melhor para o Brasil.
Este é mais um quadro constrangedor para os patriotas e democratas brasileiros. Junto à “Casa dos Horrores” é outro testemunho de que está ficando cada vez mais difícil a convivência com as tropas da corrupção que ocuparam Brasília. Fora todos!
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