Duas mil pessoas, carregando bandeiras da CUT e da Federação dos Petroleiros, filiada ao braço sindical do PT, fizeram passeata no centro do Rio e abraçaram o edifício-sede da Petrobras. Embora poucos, eram barulhentos, querendo convencer que a CPI criada no Senado é contra a empresa e não para investigar denúncias que comprometem à sua diretoria.
Os dois milheiros de agitadores também entoaram coros em defesa da candidatura da ministra Dilma Rousseff, candidata do lulismo-petismo à sucessão de Lula da Silva, misturando ação sindical com propaganda partidária o que no século passado diferenciava os fascistas dos socialistas.
A fraude política dos pelegos sindicais, ativistas e mercenários, mostra a degenerescência ideológica do PT e seus satélites. No caso da CPI eles não conseguem esconder sequer as irregularides contábeis da Petrobras, quanto mais as volumosas suspeitas de desvio e distribuição de verbas na publicidade e ongs ligadas ao grupo do poder.
De longe, chego a imaginar que tentando varrer as tramóias para debaixo das alcatifas do Palácio do Planalto, os oradores “socialistas” tenham exaltado a negociata anti-nacional de Lula com o cocaleiro Evo Morales, entregando por US$ 112 milhões instalações da empresa que custaram US$ 200 milhões.
Uma curiosidade que deve ser alvo da reportagem dos jornalões do Sul: anteriormente o senador Romeu Tuma requereu uma CPI da Petrobras, que foi arquivada; ao contrário desta do senador Álvaro Dias que vingou.
Comenta-se nos corredores do Congresso e nos porões do PT-governo, que a CPI de Tuma morreu porque queria investigar a Transpetro, o setor naval da Petrobras presidida por Sérgio Machado, membro influente do grupo peemedebista de Renan Calheiros.
Confirmados afirmativamente esses boatos, conclui-se que a atual CPI foi criada com o apoio do PMDB. Os tucanos pagaram a conta, levando xingamentos de Lula, Dilma e outros menos votados, mas o mérito pela instalação da Comissão é dos peemedebistas, que dão lições de sabedoria política a quem interessar possa…
O mais besta desta rapaziada que controla a legenda de Ullisses Guimarães, não anda, voa, como dizia Heloísa Helena. O PMDB fisiológico tem olho bifocal, vendo por um as eleições de 2010 e pelo outro os preciosos cargos que controlam verbas de investimento.
As duas táticas, a eleição e a ocupação de espaços, representam o que há de mais importante na projeção política partidária. A tropa de Renan e Sarney pleiteia posições na diretoria do pré-sal da Petrobras e se valoriza apoiar a candiatura de Dilma.
Esta manobra está clara como água de esgoto. E se avoluma acuando o Palácio do Planalto e determinando que seu único interlocutor é Lula da Silva. Amanhã, 3ª feira, um jantar na casa de Henrique Eduardo reunirá os governadores e senadores do PMDB e os pré-candidatos do partido para os cargos majoritários em 2010.
De lá sairá uma resolução objetiva que será levada ao Presidente. Uma das solicitações quer garantir o apoio do PT aos candidatos peemedebistas nos estados, em troca do apoio à Dilma; e requer maior participação na diretoria da empresa para apoiar o PT-governo na CPI da Petrobras.
Isto, no dicionário lulista-petista é puro e bom patriotismo. Por isso a CUT e os sindicatos de petroleiros continuarão a fazer passeatas da “Corrupção é nossa!”.
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