A grande DECEPÇÃO pintada de roxo no imenso painel da Praça dos 3 Poderes, a capital brasileira da corrupção, é a guinada de 180° da ex-guerrilheira Dilma Rousseff, enfiada goela abaixo nos petistas como candidata à sucessão de Lula.
Picada pela mosca azul, Dilma foi promovida de contestadora do estado patrimonialista à generala-em-chefe da tropa de choque de Sarney – mestre na arrecadação de bens estatais e formação de oligarquia política à custa do Erário.
Alguém – decepcionado como eu – classificou a generala Dilma como uma esquerdista de direita, e o articulista Guilherme Fiúza pensando igual, escreveu que “Dilma é o encontro milagroso entre o amanhã e o anteontem”.
A absurda atitude da Mãe do PAC, defendendo a máfia do Senado na pessoa do Capitão-Mor do Maranhão, é preço pago para o continuísmo da república dos pelegos sem levar em consideração uma SUPOSIÇÃO que se irradia nas cabeças pensantes do país.
Primeiro, todos teem dúvidas sobre o empenho de Lula pró-Sarney para garantir o apoio do PMDB à governabilidade, porque este apoio ele já tem dos peemedebistas fisiológicos, sempre vendáveis com ou sem a presença física do ex-presidente.
Segundo, há uma hipótese formulada pelos analistas políticos deduzindo que a defesa de Lula da Silva pró-Sarney não passa de uma simulação com dois objetivos: 1) para enfraquecer ainda mais o Poder Legislativo e/ou 2) diversionar no sentido de enterrar a CPI da Petrobras.
O Congresso desmoralizado abrirá caminho para o golpe palaciano do terceiro mandato; e é preciso evitar que a CPI da Petrobras revele os suspeitos casos de corrupção patrocinados pelo sindicalistas do PT que controlam a empresa.
No meio do tiroteio da DECEPÇÃO com a generala Dilma e o desconfiômetro para medir a SUPOSIÇÃO de que Lula está usando de malandragem, não se pode deixar de exaltar a FRANQUEZA da senadora Marina Silva.
Reagindo à imposição de Lula para que a bancada petista no Senado dê socorro a Sarney e, consequentemente aos ilícitos praticados na Casa por burocratas corruptos, Marina foi franca dizendo com todas as letras que “Para tudo tem um limite”.
Assim vem do longínquo Acre a tábua de salvação para o PT, que se afoga na enxurrada de lama depois de abertas as comportas das ilicitudes represadas no Senado. Aoareceu Tião Viana com uma coerente e corajosa entrevista dada à revista Veja desta semana.
Depois chegou Marina Silva com a reação destemida à ordem de Lula e uma proposta simples para o reencontro do PT com a ética; pede apenas o estudo das perdas e danos em conformidade com a posição do partido. Para ela isto se resume numa alternativa: o partido aprova o eticamente correto ou se acumplicia com o moralmente duvidoso.
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