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ARTIGO: PIB, PAC, ZUM… Não vão a lugar algum!

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Parece brincadeira falar-se do Produto Interno Bruto, porque a incompetente política econômica do ministro Mantega reduziu-o tanto, tanto, que para os economistas e quase todo mundo virou “pibinho”; vexame que não preocupa, como deveria, o PT-governo, displicente na sua inaptidão e incapacidade de administrar.

Como Lula, que nunca sabia de nada, Dilma nada vê.  Mas, que tirando a massa ignorante dos bolsistas e desocupados, todos neste país – principalmente os empresários – enxergam. E se vemos aqui dentro, quem está lá fora vê melhor.

Respeitado no Primeiro Mundo, o Financial Times analisa e faz críticas à condução de nossa economia e ridiculariza Mantega, a quem chama de ‘profissional do jeitinho’ e compara-o ao cômico inglês Mr. Bean.

Verdade. Mantega, com viseira, empaca na desoneração tributária e nos incentivos fiscais, que sequer arranham a conjuntura econômica e não sinalizam nem um pouquinho para o crescimento propagandeado pela publicidade governamental.

Este malogro do PIB está longe dos corações e mentes dos bem informados e ainda mais distante dos olhos e ouvidos do povão. O que dói na cabeça e no estômago é descobrir que o PIB e a Inflação são gêmeos idênticos, bivitelinos, sendo que a Inflação, fêmea, exerce mais influência no cotidiano…

Por isso, desde que o Pibinho apareceu – sem nenhuma surpresa, apesar das camuflagens – a Inflação passou a ser persistente e preocupante. Registre-se que no mês passado, a inflação do item alimentos e bebidas foi de 1,99%, mais que o dobro da média dos meses de janeiro de 2006 a 2012.

A mais nova tentativa de Dilma – depois da desastrosa política com a energia – é criar um fundo de recursos públicos para injetar R$ 15 bilhões para os bancos privados financiarem a parafernália do PAC e nas privatizações de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos.

PAC é o apelido marqueteiro do Programa de Aceleração do Crescimento, uma velhacaria que o PT-governo usa para manobrar eleitoralmente os aliados políticos do presidente-adjunto da República dos Pelegos. No papel, são obras grandiosas projetadas para enganar o povo brasileiro e conquistar votos.

Para os aliados, a coronelada provinciana, a atração está nos gigantescos investimentos que deixam sempre um troco para a maioria dos chefetes estaduais e municipais. Os políticos ganham, e o povo é traído sem que se aperceba disso, empanturrado de discursos e promessas que jamais serão cumpridas.

Nos círculos superiores da política e setores intelectualizados da sociedade, o zum-zum-zum em torno do PAC virou piada. A maioria das obras importantes está carimbada de vermelho com a chancela de “preocupantes”; saltaram para um custo que assusta e representam mais de R$ 2 bilhões paralisados.

Poderia ter um exemplo mais edificante do que a Transposição do Rio São Francisco? Este sonho antigo dos nordestinos, e conquista do líder potiguar Aluizio Alves, encareceu demais e atrasou inexplicavelmente; pelo roubo e incompetência.

Não esqueçamos que a mudança do fluxo do Rio da Integração Nacional foi polêmica desde que a idéia ganhou corpo. Lembro quando se falava da conexão São Francisco-Tocantins- Parnaíba, miragem que entusiasmou muita gente; e mais tarde, o projeto do canal São Francisco-Parnaíba bolado pelos soviéticos ainda no tempo de JK.

Pelo exemplo na Transposição, o PAC me lembra o vozeirão de Nelson Gonçalves cantando “Fracasso, fracasso, fracasso, fracasso afinal!… Por não trabalharem para que o Brasil se desenvolva sem roubalheira, e que o povo não continue abestalhado e traído pela propaganda.

Venho me perguntando até quando o povo brasileiro continuará sendo esta massa subjugada pela mentira charlatanesca do lulo-petismo e a grande ilusão de um socialismo de fancaria, jogo político matreiro e continuado que ilude, disfarça e engana.

Não cansamos, porém de dizer que tais subterfúgios para esconder a real intenção do PAC sem cumprir as promessas têm um prazo para terminar. “O povo está farto de ter a paciência de Jó. A princípio, se lamenta; depois, protesta, em seguida, como Davi, enfrenta o gigante”, é o que ensina Byron, o irrequieto e revolucionário poeta.

Miranda Sá

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