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Artigo de Miranda Sá

Fascistas não desistem: exumaram o Conselho de Jornalismo

MIRANDA SÁ, jornalista (mirandasa@uol.com.br)

A 1ª Conferência Nacional de Comunicação (Confecom) convocada por Lula da Silva é o exemplo típico do reunionismo totalitário. Para mostrar serviço, fazendo jus às passagens, hospedagens de almoços, os delegados aprovaram 672 propostas!

É evidente que para agradar o Guia, entre as sugestões levantadas foi exumada a criação de um Conselho Federal de Jornalismo que os pelegos da Fenaj tentaram anteriormente e foi rejeitada pela opinião pública.

“Elles” querem a volta da Embrafilme e as “boquinhas” delas recorrentes e mais a volta da Lei de Imprensa, que o STF – em momento de lucidez dos senhores ministros – derrubou por inconstitucionalidade.

As repetidas buscas de fórmulas “legais” para controlar os órgãos de comunicação e disciplinar o exercício profissional dos jornalistas, através de mecanismos de sanção à imprensa, são estimuladas pelo Presidente da República em discursos palanqueiros e declarações à imprensa.

Não faz muito, Lula deu uma entrevista à Folha de São Paulo e disse com todas as letras que o papel da imprensa não é o de fiscalizar, e sim de informar… Em palavras textuais disse “Não acho que o papel da imprensa é fiscalizar. É informar. Para ser fiscal tem o Tribunal de Contas da União, a Corregedoria-Geral da República, tem um monte de coisas. A imprensa tem de ser o grande órgão informador da opinião pública”.

É a partir daí que os pelegos do PT e seus satélites ousam distribuir documentos defendendo o controle “público” dos meios de comunicação. O “controle público” a que se referem os lulo-petistas é um eufemismo para esconder que a mídia.ficará sujeita a um controlador ou censor governamental.

Trata-se de uma tática explícita para estabelecer o pensamento único, oficial., como fizeram e fazem os regimes totalitários, ditatoriais ou populistas, como fazem Cristina Kitchner na Argentina e Hugo Chávez, na Venezuela.Condenar o jornalismo investigativo e a publicação de denúncias contra agentes públicos é atentar contra a liberdade de imprensa e garrotear a livre expressão do pensamento. Estes são as bases da democracia.

O papel fiscalizador da imprensa deveria ser estimulado pelos governantes honestos, porque  fiscalizar é parte integrante do processo informativo que atende ao sagrado direito do povo à informação.

A sede por adulação, elogios e louvações é da natureza dos candidatos a ditador, e a expectativa de totalitaristas de impor um sistema de subserviência ao poder central, pelo culto à personalidade do chefe e a omissão silenciosa diante dos desmandos governamentais.

Repetidas manifestações da intelligentsia brasileira repudiam os ataques oficiais e oficiosos à liberdade de imprensa, denunciando inclusive a dubiedade de Lula da Silva e as contradições dos restantes agrupamentos de esquerda que ainda o apóiam.

Miranda Sá

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