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Dilma, o diabo, e a fogueira do Pnad

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

Dizem que os brasileiros esquecem depressa os fatos mais extremamente agressivos, sejam políticos, econômicos ou sociais. É verdade em parte; muitos acontecimentos perdem-se na lembrança de muitos, mas não de todos.

Esmaeceu-se no tempo, por exemplo, a recordação das vigorosas demonstrações de força popular na “Primavera de Junho”; mas pior, muito pior foi o povo por de lado o gigantesco escândalo do Caso Rosemary com suas ações quadrilheiras em nome da Presidência da República, com o uso de passaporte e mala diplomáticos, os euros levados para Portugal e os diamantes africanos.

Nem se precisa falar do relacionamento amoroso com o ex-presidente Lula da Silva, porque se trata de problemas pessoais e nem mesmo a trombeteada espionagem da NSA deveria bisbilhotar.

Os poucos brasileiros que não olvidam as coisas guardam como se fosse ontem a impressão negativa causada pela presidente Dilma ao dizer que faria o diabo para ganhar as próximas eleições.  E nem precisam ter boa memória; assistem quase diariamente a Governanta fazendo diabólicas traquinagens com uma desenvoltura de quem realmente vendeu a alma a satanás…

São recentes sortilégios satânicos, lançados após o abandono da vassoura para voar sobre a mentira. Imposturas tão explícitas que só teem a serventia de municiar os arautos lulo-petistas que mamam nas tetas do governo.

A dança das bruxas agitou-se em torno de duas fogueiras: A fogueira da crise econômica que os economistas chapas-branca disseram que seria uma marolinha e a fogueira do Pnad que avivou o braseiro do analfabetismo crescente nos onze anos de poder petista.

No caso da economia descontrolada no câmbio e na inflação, vemos Dilma – associada ao diabo – tentando explicar o inexplicável, ao dizer que a variação do dólar não influi na economia brasileira por causa das reservas, escamoteando assim a enorme influência que exerce a subida da moeda americana sobre a inflação.

A área econômica do PT-governo empalma – como um trapaceiro em jogos de azar – as improvisações, os desacertos, e o fracasso, aventurando-se em elevar o PIB medíocre sem conseguir, e culpando os EUA e a Zona do Euro pelo malogro na condução dos negócios públicos.

Para os desavisados, displicentes, a massa ignorante e a infantilidade doente do esquerdismo, o “imperialismo” ainda é um monstro assustador; mas para aqueles que sabem (como sabia o finado Mao-Tse-Tung) que o imperialismo é um “tigre de papel”, esta falseta dilmista não cola.

No ardor de outra fogueirinha, a do Pnad, não dá para apontar Tio Sam e os seguidores da Tia Merckel. Então, a desculpa melosa não tem efeito para ninguém. A alta do analfabetismo – registrando treze milhões de brasileiros sem saber ler e escrever são de responsabilidade, intransferível, dos governos do PT; oito de Lula e quase três de Dilma.

Um argumento malicioso diz que vale a pena para os pelegos no poder a existência de treze milhões de eleitores analfabetos. Sinceramente não creio nisso. Entretanto não é descartável para quem faz um pacto com o diabo.

Uma coisa é certa: Nos oito anos de Lula a Educação não mereceu atenção a não ser nas jogadas de marketing. As verbas cobriam laudas e laudas de papel sem sair delas a não ser para as facilidades conquistadas pelas ‘consultorias’ e as propinas nas compras de material escolar e impressão e distribuição de livros inconvenientes.

Assim temos treze milhões de brasileiros na orfandade propedêutica, conforme os dados oficiais recém-divulgados pelo IBGE. Trata-se, sem dúvida alguma, de uma nova forma de escravidão em pleno século XXI.

Por falar em escravidão – quase ia me esquecendo de outra mentira do satanismo vigente – temos a falácia eleitoralista dos pobres médicos cubanos – de quem não podemos deixar de falar da maneira como disse o orador paraibano José Américo de Almeida: “falar e falar muito, e dizer tudo, custe o que custar”.

Assiste-se no Brasil anestesiado a injustiça que se pratica no Programas Mais Médicos, com os profissionais importados. Não por serem cubanos, menos por serem médicos, mas pelo tratamento desigual e desumano que estão recebendo do Governo do Diabo no mercado de trabalho, ferindo a Constituição Federal.

Miranda Sá

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