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Brasil chega ao fundo do fundo do poço

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br )

As tiradas metafóricas dos mamulengos governantes para encobrir os erros na condução da política econômica do País, além de ser a capa de gordura das mentiras lulo-petistas, são hilárias. A última, do Mr. Bean Mantega (belo apelido usado pelo Financial Times), é que a economia chegou ao fundo do poço, mas está se recuperando.

Essa impostura nos leva a crer que existe um fundo, no fundo do poço… Primeiro, por que nada indica a reabilitação da economia; segundo, por que o domínio político do PT-governo e seus aliados, com a manutenção do mandato do presidiário Natan Donadon chega, também, ao fundo do fundo do poço.

Não é preciso esclarecer os desacertos da banda econômica do desastre brasileiro. Basta apresentar os números do endividamento das famílias brasileiras graças ao consumismo incentivado por Lula da Silva, um estimulo criminoso mantido no terceiro governo através da boneca de ventríloquo que está na Presidência da República.

Ainda mais explícita e diáfana é a horrenda demonstração das criminosas transações da chamada base governista como se viu na Câmara Federal com a não cassação de Donadon.

Não encontramos contradição dos 300 picaretas, atualmente acrescidos de outros tantos intrujões do PT e seus satélites. Esta excelência – O Deputado-Presidiário – é para o lulo-petismo, uma figura politicamente correta. Foi condenado por formação de quadrilha e peculato e recolhido à prisão com a perda dos direitos políticos.

Para a sociedade brasileira, porém, o que a Câmara dos Deputados fez é uma vergonha, por vários aspectos. Afrontou a Justiça e feriu a Constituição; mostrou a horripilante face de numerosa fração parlamentar liderada pelo PT, PMDB e PP; e, finalmente, igualou o político brasileiro aos mascarados ‘black blocs’ com o voto secreto, e, com os vândalos, no quebra-quebra no edifício da Democracia.

A existência do voto secreto no parlamento já não é uma defesa numa ditadura autoritária; hoje, é uma afronta às instituições democráticas e, em última análise, à Nação Brasileira. O povo deve ter o direito de saber como votam seus representantes, e não vê-los escondidos por covardia, corporativismo e desprezo aos eleitores.

Nossa indignação extrapola a vilania da Câmara, com o espetáculo revoltante de um preso, condenado há 13 anos por desvio de dinheiro público, participar e votar numa sessão parlamentar. Mesmo os que votaram pela cassação aceitaram mansamente isto, sem uma expressão de revolta.

É como se o todo dissesse que esta é a realidade política, que a República é uma figura de retórica e a Democracia é uma pantomima. Generaliza-se a idéia de que a ética política e a moralidade pública faleceram neste País deixando órfã a nacionalidade.

Que fazer? Reaprender a aritmética de que uma maioria deve se submeter à minoria, aceitando que os vândalos do Congresso nos afaste dos protestos, como fazem seus semelhantes arruaceiros confundindo uma manifestação democrática com arruaças?

É verdade que o povo se afastou das ruas fisicamente. Mas está em todas as cabeças as palavras de ordem da mudança, agora acrescidas pelo desprezo aos que ocupam o Poder Legislativo  dizendo-se representantes de uma população que não mais os aceita como tais.

O capítulo Donadon da História Política do Brasil tem um significado que induz à desordem e à negação do princípio da autoridade. É, por extensão, a falta de respeito ao povo, desequilibrando os demais poderes republicanos. O Executivo cultiva a impunidade para defender os seus partidários, também condenados por crimes repulsivos; o Judiciário assiste assombrado a reabilitação dos direitos políticos de um criminoso.

Entenda-se nesta situação que é preciso voltar às ruas no 7 de setembro, com ou sem black bocks e vândalos. Vamos verde-amarelar a Nação contra a corrupção e a impunidade, para evitar que outros como Donadon escarneçam de nós.

Vamos exigir que os mensaleiros João Paulo Cunha, José Genoino, Pedro Henry e Valdemar Costa Neto cumpram as penas ditadas pelo STF, na prisão e na perda dos mandatos.

Miranda Sá

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