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AQUECIMENTO

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Eu tive um sonho que não era em tudo um sonho./  O sol esplêndido extinguira-se, e as estrelas vagueavam…” (Byron – “Trevas”)

Foi no Brasil, em 1992, por ocasião da Cúpula do Rio sobre o clima, que se impôs a ideia do “aquecimento global”. Na reunião, em que participaram chefes de Estado de vários países saíram os rascunhos de acordos internacionais para enfrentar a ameaça que, como teoria, não passava de uma hipótese.

A intensa propaganda levada a efeito pela mídia mundial em torno do aquecimento global fez muita gente crer em maus prenúncios para a humanidade. Embora não houvesse uma base científica para isto, definiu-se que se tratava de um processo climático surgido pela liberação de gases com “efeito de estufa”.

Assim foram divulgados alarmantes anúncios de aumento da temperatura média dos oceanos e da atmosfera da Terra, causado por massivas emissões de dióxido de carbono, o metano e os clorofluorcarbonetos, pela liberação da queima de combustíveis fósseis.

A radiação solar, uso da terra, resíduos e lixões, poluição, desflorestamentos e o desmatamento seriam as causas principais do desequilíbrio atmosférico; estes fatos alardeados levaram 196 países a participar do “Acordo de Paris” com o objetivo de limitar o hipotético aquecimento global a 2ºC.

Ser contra este fantástico cenário considerava-se uma insanidade mental, até que o dirigente máximo da maior potência do mundo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou a retirada do seu País do Acordo de Paris.

Para líderes europeus, a redução do aquecimento global, era uma imposição inarredável, e o próprio Trump, segundo a imprensa norte-americana vacilou em cumprir esta promessa feita na campanha eleitoral que o elegeu: a doutrina America First.

Dirigindo à Nação, Trump disse: “Cumpri minhas promessas uma após a outra. A economia cresceu e isso está apenas começando. Vamos crescer e não vamos perder empregos. Pela gente deste país saímos do acordo. Estou disposto a renegociar outro favorável aos Estados Unidos, mas que seja justo para os trabalhadores, contribuintes e empresas”.

Apesar da massiva campanha feita contra Trump, ele foi apoiado por mudanças climáticas contrárias à ideia do aquecimento global. Um frio extremo cobre os EUA, o Canadá, a Europa e o Norte da Ásia. Chegou até a nevar em Jerusalém…

A História registra que o século 19 passou por uma pequena Era Glacial e o ano de 1816, em particular, ficou conhecido como o ano em que a Primavera não chegou e não teve Verão.

A expressão Era Glacial foi criada pelo cientista alemão Karl Schimper. Ainda no século 19 surgiram teorias sobre as intermitentes épocas de frio e a causa das eras glaciais que a Terra atravessou. Muitos artigos científicos falaram das mudanças cíclicas da órbita terrestre, de elíptica para circular; e no século 20 comprovou-se que o gelo cobrira antigamente todo o planeta.

O mundo científico aceita hoje a relação entre as eras glaciais e a oscilação planetária, sem dúvida mais determinante para o clima do que o chamado efeito estufa. Entretanto, como o sábio Alexander von Humboldt aponta dois estágios na descoberta científica: “primeiro, as pessoas negam a verdade; depois dizem que não é importante”. deixa-nos em dúvida.

Assim,  embora assistirmos hoje uma coisa mais parecida com as eras glaciais do que com as altas temperaturas, “todos nós conhecemos a força das ilusões visuais para levar a mente a perceber as coisas incorretamente” como constatou Bruce Hood  (“The self illusion”).

Marjorie Salu

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