Ele é praticamente onipresente na África do Sul. Empresta seu nome a museus, ruas (mais de 90 pelo mundo), galerias de arte, estabelecimentos comerciais e até a um conglomerado de cidades. Nelson Rolihlahla Mandela é um patrimônio do país e o mais famoso anfitrião da próxima Copa. Suas fotos estão por todos os lugares. Sua história também. Idolatrado por muitos e criticado pela minoria, ele desfruta de respeito nacional e internacional. E tem forte ligação com o esporte. Para 2010, um estádio foi batizado com seu nome: o Nelson Mandela Bay, em Port Elizabeth.
Placas distribuídas pelo museu relembram datas importantes da passagem de Mandela pelo Soweto
Nesta sexta-feira, uma mensagem gravada por ele será exibida durante o sorteio dos grupos da Copa. Hoje com 91 anos, Mandela é história viva. Foi um dos principais ativistas contra o Apartheid, regime de segregação racial que negava direitos políticos, sociais e econômicos aos não-brancos. Ficou quase 30 anos preso e acabou classificado como terrorista, sendo condenado à prisão perpétua. Libertado em 1990, tornou-se o primeiro presidente negro da África do Sul quatro anos depois.
Parte da população credita a ele a possibilidade que o país teve de receber a Copa do Mundo. Explica-se. Por culpa de suas leis racistas, a África do Sul foi proibida de disputar várias competições internacionais. Mas quando Mandela chegou ao poder e contribuiu para o resgate dos direitos dos não-brancos, foi dado o primeiro passo para a realização de um dos maiores eventos do mundo no país. A África do Sul só participou de duas edições do Mundial (1998 e 2002).
“O Mandela foi muito importante em todos os sentidos. O principal personagem da nossa história. Sem ele, tudo ainda seria muito difícil por aqui. É difícil resumir o que ele fez pelo país, mas se hoje vamos receber uma Copa do Mundo, muita coisa se deve ao Mandela”, afirma Dave Tadiba, morador do Soweto, bairro importante na luta contra o Apartheid e lar do ex-presidente por alguns anos.
Advogado de formação, Mandela recebeu um Prêmio Nobel da paz e um total de 25 condecorações, muitas de reconhecimento internacional. Por isso, sua imagem e sua trajetória estão em toda a parte. Caso algum turista estrangeiro não conheça sua história, há muitas opções de museus sobre o Apartheid e sobre o líder. Mas também é possível conhecê-lo sem pagar entrada.
O povo negro fala com orgulho de Mandela. Seu nome surge naturalmente nas conversas com os sul-africanos. Também não é difícil encontrar brancos que criticam a luta (desarmada e armada) incentivada por ele. O respeito, porém, é geral.
“O Mandela não fez uma verdadeira revolução, falam muita bobagem. Ele ainda traiu alguns companheiros e trabalhava em conjunto com os brancos”, diz Kuki Vukanovic, sérvio radicado no país africano há 20 anos. “Mas eu o respeito, já que foi importante para a mudança na África do Sul.”
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