1964 – Realizado o Comício das Reformas, na Central do Brasil, no Rio de Janeiro.
Com a presença e discursos do presidente João Goulart, do deputado Leonel Brizola, do governdor Miguel Arraes e do secretário-geral do PCB Luis Carlos Prestes.
Organizado por líderes do Comando Geral dos Trabalhadores (CGT), o comício reuniu cerca de 150 mil pessoas, incluindo membros de entidades sindicais e outras organizações de trabalhadores da cidade e do campo, servidores públicos civis e militares, estudantes e demais camadas populares.
Tinha por finalidade demonstrar a decisão do governo federal de implementar as “reformas de base” e defender as liberdades democráticas e sindicais.
Por não contar com a Polícia do estado da Guanabara, pois o governador Carlos Lacerda era um dos principais opositores de Jango, o governo convocou cerca de 2.500 soldados da Polícia do Exército para fazer a segurança do comício.
No palanque presidencial, estavam presentes os chefes dos gabinetes Civil, Darci Ribeiro, e Militar, general Assis Brasil, o ministro da Justiça Abelardo Jurema, e os três ministros militares, general Jair Dantas Ribeiro (Guerra), almirante Sílvio Mota (Marinha) e brigadeiro Anísio Botelho (Aeronáutica).
Ainda no palanque encontravam-se os governadores Miguel Arraes (PE), Seixas Dória (SE) e Badger da Silveira (RJ), além de deputados federais e estaduais.
Durante o comício, Jango assinou dois decretos: o decreto da Supra (Superintendência da Reforma Agrária), que desapropriava todas as propriedades de mais de 100 hectares localizadas em uma faixa de 10km à margem de ferrovias e rodovias federais; e o decreto das refinarias, que nacionalizava todas as refinarias particulares de petróleo – as principais eram Capuava, do grupo Soares Sampaio; Manguinhos, do grupo Peixoto de Castro; Alberto Pasqualini, do grupo Ipiranga, e Mataripe, da Bahia.
O discurso do presidente foi considerado violentíssimo e alarmou as camadas médias da população.
Imediatamente, as repercussões se fizeram sentir em todas as partes do país, e manifestações oposicionistas irromperam em São Paulo e Belo Horizonte, provocadas por grupos conservadores, civis e militares, enquanto a União Democrática Nacional (UDN) e parte do Partido Social Democrático (PSD) e outros partidos menores pediam o impeachment de João Goulart.
A partir do comício da Central, o governo Goulart foi se enfraquecendo cada vez mais, perdendo apoios à direita e à esquerda (que também não confiava no presidente), acabando por ser deposto no golpe de 31 de março de 1964.
Fonte: Lucia Hippolito
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