A RC Consultores está prevendo uma queda de 4% na produção industrial brasileira ao fim de 2009. E nem mesmo o atual patamar na taxa de juros, o menor da história, parece influenciar para melhorar o resultado. Segundo o boletim RC Setorial, alguns fatores vão influenciar para essa queda. E eles estarão presentes em todas as áreas da economia.
De um lado, o crédito. A forte desaceleração na expansão do crédito para empresas e consumidores, já que os juros reais seguem elevados no Brasil e a liquidez segue reduzida para as empresas exportadoras. Além disso, o prazo de financiamento foi reduzido, o que restringe a demanda pelo crédito. E há, ainda, a elevação da inadimplência de empresas e famílias.
Do lado do consumidor, que está mais comedido e escolhendo onde investir, pesa, também, a diminuição do ritmo de crescimento da massa real de rendimentos, que a consultoria prevê em alta de 0,2%, contra um aumento de 7,9% em 2008. E, assim, os gastos aumentam numa proporção maior que o rendimento das pessoas.
Do lado das empresas, aí são vários os fatores para influenciar o resultado ruim da produção industrial. Além da diminuição das exportações e do adiamento ou interrupção de investimentos, a RC separou, por setores industriais, o que vem pela frente. O segmento de bens de consumo deve ter uma queda de 3% para o ano passado, por causa da piora das condições de crédito e renda.
A produção de bens intermediários deve cair cerca de 4,5% em 2009, “já que fabricantes de produtos siderúrgicos, metalúrgicos, papel e petroquímicos estarão operando em nível bem menor de utilização da capacidade instalada, compatível com a prevista retração da produção de bens de consumo e bens de capital”.
Os bens de capital devem ter queda de 15% este ano, segundo a RC. Isto aconteceria porque, boa parte das compras de máquinas e equipamentos planejadas para 2009 pelos segmentos de bens intermediários e de bens de consumo será adiada ou interrompida. Mas existe a possibilidade de melhora no segundo semestre, por estímulos do governo ou pelo aumento da exportação.
Por fim, a RC diz que dois fatores podem impedir uma maior retração da produção industrial em 2009: a perspectiva de que o saldo da balança comercial continue superavitário, em torno de US$ 10 bilhões – embora bem menor que os US$ 25 bilhões de 2008 – e “o cenário benigno para a inflação, cujo incremento deve ficar em torno de 4% ao ano, em decorrência da forte pressão baixista exercida pelos preços internacionais das commodities”.
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