Pablo Neruda

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O TEU RISO

Tira-me o pão, se quiseres,

tira-me o ar, mas

não me tires o teu riso.

(…)

ri, porque o teu riso será para as minhas mãos

como uma espada fresca.

(…)

mas quando abro

os olhos e os fecho,

quando os meus passos se forem,

quando os meus passos voltarem,

nega-me o pão, o ar,

a luz, a primavera,

mas o teu riso nunca

porque sem ele morreria.

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