MORTE

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“O homem é o único animal que sabe que vai morrer um dia. Triste destino!” (Voltaire)

É fascinante o mistério da morte. A gente pode adotar qualquer concepção filosófica, idealista, como ocorre a quem acolhe uma crença religiosa, ou sem ter alguma fé, no ateísmo materialista ou no agnosticismo hesitante do apóstolo Tomé que “precisava ver para crer” e mesmo com a sua incredulidade virou santo.

Mesmo no seu ceticismo, São Tomé mostrou-se corajoso conclamando os demais discípulos de Jesus a morrer com ele, ameaçado de apedrejamento. Este destemor incrédulo encontrei no mestre Darcy Ribeiro que me confidenciou um dia: “Gostaria de possuir a religiosidade de minha mãe, que crê na vida eterna. Mas não posso”.

No judaísmo a reencarnação fazia parte dos seus dogmas, sob o nome de ressurreição; apenas os saduceus, judeus da classe dominante, pelo dinheiro ou pelo prestígio político, defendiam a tese de que tudo acabava com a morte. A Igreja Católica, no seu Credo, profissão de fé em Deus Pai, Filho e Espírito, reza: “Creio na ressurreição da carne”. O pai do espiritismo ocidental, Alan Kardec, sem dúvida influenciado pelo budismo, adotou a reencarnação no seu “Evangelho, Segundo o Espiritismo”.

O hino luterano canta “Cristo já ressuscitou”, e as igrejas ortodoxas grega e russa festejam na Páscoa a ressurreição do Cristo; mas o pensamento da maioria das religiões e seitas não assumem a definição com clareza essa convicção.

A morte, seja como for, está presente no cotidiano da sociedade humana. Até na política. E na poesia de Afonso Romano de Sant Anna, a quem muito admiro e gostaria de conhecê-lo pessoalmente, mas o nosso amigo comum Chico Paula Freitas, também poeta, se recusa a apresentar-me dizendo que ele é “muito chato”.

Santana canta: (Os que governam) “Não percebem que já estão mortos, que já começam a mal cheirar. Mas se recusam a se deitar no caixão”. Não a nada que defina melhor o cadáver insepulto do lulo-petismo e sua representante na Presidência da República.

Quem tem percepção olfativa – não precisa ter um faro animalesco –, sente o cheiro rançoso e adocicado dos cadáveres que ocupam o poder neste infeliz Brasil na Era do Lulo-petismo. A incompetência e a corrupção já fediam, mas o cinismo putrefato de Lula e de Dilma, acompanhado por seus parceiros, está insuportável.

O bando que governa o país sob a batuta de Lula tem o mau cheiro das barracas de peixe em fim de feira. Não tem cartão corporativo que compre perfumes para subtraí-lo. Podem ser os mais famosos, francês ou italiano, ou a criação mexicana pouco conhecida e de fragrância suave e permanente.

A morte do PT-governo, não é igual á despedida de um ente querido que parte exalando flores e velas que também acompanham nossos adeuses. A morte inexorável do PT apodrece sem rigidez cadavérica. E não há velório, e sim uma manifestação festiva do povo nas ruas e nas praças exigindo deixe logo o caixão e seja sepultado com urgência.

É dessa maneira que assistimos o encontro dos patriotas em Belo Horizonte, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, João Pessoa, Natal e Porto Alegre. A luta alegre do acampamento no “Ocupa Brasília” e dos jovens paulistanos no vão do MASP.

A batalha pelo impeachment de Dilma – a morte conjunta e definitiva da claque “Cinismo, Corrupção, Incompetência e Mentira” exige a participação de todos, que reine entre nós a bravura e a tenacidade exigida no verso de Affonso R. de Sant’Anna: “Não há cova funda que sepulte a covardia; não há túmulo que oculte os frutos da rebeldia”

 

14 respostas para MORTE

  1. mauricio de queiroz chelou disse:

    CINISMO, ESCOLA FIL0SÓFICA, DE DIOGENES, É UM, DESMÉRITO, AO TAL MESTRE, ELES SÃO MESMO, É ASSASSINOS, DE SONHOS, DE VIDAS, (SIC). DE CALABOUCAS, ENFIM, MERECEM, O QUE PLANTARAM.

  2. tonifigo1945 disse:

    Claríssimo recado, mestre Miranda

  3. Ajuricaba disse:

    É hora de adotar o grito de guerra do torcedores do Atlético/MG: ” Ah, eu acredito….

  4. elisabeth laval jede disse:

    Parabens Miranda ! Muito bom artigo como tudo o que voce escreve.Os patriotas com certeza amaram .!Deus te abençoe e proteja!Acredito que nosso Deus ouvirá nossas preces e esses Zumbis deteriorados sumirão da face de nossa terra!

  5. twitter disse:

    parabéns amigo pela matéria, a morte já ha muito se foi, vivemos hoje de zumbis travestidos de representantes do povo, que só se preocupam com eles.

  6. Professor Miranda Sá, receba mais um cumprimento meu.
    Não sei o que dirá “o chato” . Sei que, nós, os da área,ao final somos muito parecidos e portadores de muitas idiossincrasias,Via de regra,bem humorados.
    Essa claque fede mais que saco de batata podre.Que foi SUNAB e fiscalizou CEASA,sabe disto. 🙂

  7. Maid uma volto a este blog para beber da fonte da sapiência. É reconfortante saber que a razão não deixou de todo nossa sociedade. Através de suas linhas sinto e espero dias melhores.

  8. Talvez eu esteja errado porém não acredito há morte em algum ponto do Universo, acredito sim que os mortos são invisíveis, mas não ausentes, o problema é que não compreendemos isso.

  9. vileite disse:

    Excelente, excelente, excelente ! Estou “contigo e não abro !”

  10. Folhaovento disse:

    Se me permite um adendo, grande jornalista, creio q ressurreição não é a mesma coisa q reencarnação. Parece-me q ressurreição é retornar a vida e não nascer novamente, mais, o corpo não precisa ser carnal e pode ser de teor espiritual desconhecido, ainda. 🙂
    Outra coisa, concordo: “Santana canta: (Os que governam) “Não percebem que já estão mortos, que já começam a mal cheirar. Mas se recusam a se deitar no caixão”. Não há nada que defina melhor o cadáver insepulto do lulo-petismo e sua representante na Presidência da República.” Ainda q a temática seja desconfortável (morte e PT), visualizo a comparação. 🙂

  11. Folhaovento disse:

    Verifico q o comentário não é automaticamente publicado, passa por mediação q acho bom. Então, me permita lhe chamar atenção para o parágrafo: “Santana canta: (Os que governam) “Não percebem que já estão mortos, que já começam a mal cheirar. Mas se recusam a se deitar no caixão”. Não a nada que defina melhor o cadáver insepulto do lulo-petismo e sua representante na Presidência da República.” Parece-me haver ausência de um ‘H” na última frase… Se assim não for, queira me desculpar a ingerência.
    Admiração,
    Folhaovento. 🙂

  12. Jorge Roriz disse:

    Parabéns pelo artigo. Bem escrito.

  13. Maria Conrado disse:

    Sinto o mau cheiro desde sempre e não quero nunca mais senti-lo novamente. Espero que sirva de lição aos que se deixaram enganar e hoje estão arrependidos. Esse arrependimento tardio vai nos custar muitos anos pra frente. Infelizmente.

  14. Jorge G de Paula disse:

    Na realidade é o primeiro texto de sua lavra que leio.
    A amostra foi excelente. Parabéns!