Giácomo Leopardi

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O INFINITO

Sempre cara me foi esta colina  Erma, e esta sebe, que de tanta parte  Do último horizonte, o olhar exclui.  Mas sentado a mirar, intermináveis  Espaços além dela, e sobre-humanos  Silêncios, e uma calma profundíssima  Eu crio em pensamentos, onde por pouco  Não treme o coração. E como o vento  Ouço fremir entre essas folhas, eu  O infinito silêncio àquela voz  Vou comparando, e vêm-me a eternidade  E as mortas estações, e esta, presente  E viva, e o seu ruído. Em meio a essa  Imensidão meu pensamento imerge  E é doce o naufragar-me nesse mar.

(Tradução: Vinícius de Moraes – Rio de Janeiro , 1962)

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