FATALISMO

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MIRANDA SÁ (Email: mirandasa@uol.com.br)

           “Existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis” (Saint Exupéry)

Tem muita gente que é fatalista sem saber…. Acreditando que o destino de cada um já está traçado antes do nascimento. Este Fatalismo é a concepção de que todos os acontecimentos são irrevogáveis.

Muitos filósofos gregos antigos, epicuristas em particular, eram fatalistas, e assim entrou no estoicismo, deixando como herança a crença do Logos, a ordem cósmica que preside a vida cotidiana. O Logos era para eles a ordem, a razão e o tempo, associados à vontade dos deuses que regiam o mundo.

No mundo árabe o fatalismo se escreve do mesmo jeito como destino, a palavra Maktub ( مكتب ), que se define como alguma coisa que está predestinada a ocorrer. O termo deriva de (kitab) que quer dizer “livro”, e quando se fala Maktub, refere-se a algo que já estava escrito.

No cristianismo (embora seja negado pelos teólogos católicos), encontramos um tipo de fatalismo doutrinário com a Divina Providência, o apelo do crente para uma ação transcendente que atenda a um fim; e, no Judaísmo, apareceu com a esperança da terra prometida e à espera da vinda do Messias, um descendente da Casa de Davi que virá para redimir a humanidade e estabelecer o Reino de Deus na Terra.

No campo filosófico, o fatalismo inspirou Nietzsche a adotar o transcendentalismo de Ralph Waldo Emerson, propondo de que tudo na Natureza e na sociedade humana seja explicado pela determinação, ou seja, por relações de causalidade. É o chamado Determinismo.

Por determinação ou providência, os debates religiosos e filosóficos na atualidade se dividem entre os que aceitam ser a vida um resultado da vontade divina e os que acham que existe de acordo com leis da Natureza.

Muitas histórias contadas ao redor da fogueira, ou para adormecer crianças, insinuam a existência do fatalismo. Quando eu era meninote ouvi da minha tia Autinha um conto (de origem persa) narrando que certa vez um jovem jardineiro regava as flores do jardim de um potentado quando lhe apareceu de repente a Morte.

“O rapaz correu para o patrão apavorado gritando –“Meu amo, o gênio da Morte se mostrou para mim e eu não quero morrer. Me ajude! ”. O dono da mansão se condoeu e disse: – “Tens razão. És muito moço para morrer; pega estas moedas e monta no mais veloz dos meus cavalos, em menos de 24 horas chegarás a Teerã e lá se esconda na casa do meu irmão, que conheces…”

“O adolescente agradeceu e fugiu. Eis que o Sultão (acho que era um Sultão) desceu melancólico ao jardim e lá se deparou com a Morte. – “Porque assustaste o meu servo, tão dedicado no cultivo das rosas e um bem sonante flautista que me divertia? ”

A Morte então interveio: – “Não o quis assustar, pelo contrário; olhei-o surpreso por vê-lo aqui, pois eu deveria leva-lo comigo daqui a 24 horas lá em Teerã…”

Qual o menino que ouvindo essa história não crê no fatalismo? Encanta-se com as coloridas fantasias dos contos das Mil e Uma Noites, reza e pedincha para a Divina Providência e acredita que Jesus Cristo foi o Messias que os judeus desprezaram.

Assim determinado, juntei-me aos milhões de brasileiros que estavam revoltados contra o sindicalismo degenerado dos pelegos, o stalinismo caricaturado pelos trotskistas do PT e o rotineiro assalto ao Erário estimulado pelo corrupto Lula da Silva.

Em massa, assumimos indignados o fatalismo judeu crendo na vinda de um messias…. Desgraça fatal! Ficara sobrevivendo no lugar deixado pelos corruptos um espírito maligno travestido de negativismo, desta vez roubando vidas….

No século passado, há muitas dezenas de anos atrás, como repórter d’ “O Radical” ouvi de um pai-de-santo lá em Madureira, a predição de que muitas tragédias ocorreriam na virada do século 20 para o século 21. Estão aí: vieram com os desatinos de um Presidente genocida.

 

 

 

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