Defesa deve recorrer hoje da decisão que cassou mandato de Kassab

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Os advogados que defendem o prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), devem recorrer nesta segunda-feira da decisão que cassou o mandato do democrata por suposto recebimento de doações ilegais na campanha de 2008.

Em nota divulgada ontem, a defesa afirma que “interporá recurso que, à semelhança de casos antecedentes, deve resultar na reforma da sentença e na confirmação da vontade popular.”

Os advogados negaram irregularidades nas doações. “As contribuições foram feitas seguindo estritamente os mandamentos da lei –que é a mesma desde 1997– e já foram analisadas e aprovadas sem ressalvas pela Justiça Eleitoral.”

Ontem, Kassab também negou ter recebido doações ilegais na campanha de 2008 e disse não temer perder seu mandato. “Não temo [perder o mandato]. Estou realmente confiando na Justiça, sempre confiei. E volto a afirmar que tudo foi feito corretamente.”

“Essa ação já foi adotada em relação a outros candidatos e foi suspensa. Nossa confiança é que possa acontecer da parte da Justiça o mesmo encaminhamento.”

Ao ser questionado sobre a influência da cassação nas eleições deste ano, Kassab disse que a decisão da Justiça não é política. “A decisão é técnica e, tecnicamente, estamos todos convencidos de que foi feito corretamente.”

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, cassou o mandato de Kassab e a decisão deve ser publicada no ‘Diário Oficial’ de terça-feira. A cassação do prefeito vale oficialmente após esse ato formal.

Como antecipado pela Folha no último dia 3, Kassab corria o risco de ser cassado porque perícia contábil da Justiça Eleitoral apontou que 33% dos recursos arrecadados pelo prefeito no último pleito municipal tiveram origem em fontes de contribuição consideradas ilegais pelo Ministério Público.

O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Aloísio Silveira, também já apresentou em cartório as sentenças nos processos contra a petista Marta Suplicy e o tucano Geraldo Alckmin, candidatos em 2008.

No processo contra Kassab, o promotor eleitoral Maurício Lopes acusou o prefeito de ter recebido doações ilegais da AIB (Associação Imobiliária Brasileira), de sete construtoras e do Banco Itaú –cujas contribuições somaram mais de R$10 milhões em 2008.

Fonte:  Uol Notícias

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