ALFABETIZAÇÃO

[ 1 ] Comment
Compartilhar

MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

“Veja que neste dia eu o estabeleço sobre as nações e sobre os reinos para arrancar e derrubar, para destruir e demolir e também para construir e plantar” (Jeremias, 1.4-10)

Trata-se de uma contestação, por lembrar-me do tempo em que os governos militares combatiam a burocracia como um mal na administração pública. Inesquecível também é que os generais antigos estudavam e eram respeitados pela formação intelectual.

Havia a Escola Superior de Guerra para formação de oficiais superiores que realizava programas aprofundados sobre a economia mundial e estudos abrangentes da Geopolítica, realizando pesquisas sobre a segurança nacional.

Conhecido pela sigla ESG, este instituto cultural militar foi fundado em 1949 e estendia seus cursos a civis de várias categorias profissionais. Já não se fala mais nele, graças à mediocridade triunfante no País, que hoje só conhece os “Programas ESG” que trazem soluções para a Governança e Gestão Corporativa para empresas….

Assim, a História mostra um período de decadência no visível deperecimento que reflete a Era da Mediocridade nascida dos semialfabetizados pelego Lula, a confusa Dilma Rousseff e do inculto Bolsonaro….

Como uma lanterna carregada nas costas, alegra-nos ver também que a História mostra experiências positivas de combate à burocracia e a formação intelectual dos militares. Nos traz um capítulo sobre o bom senso do general italiano Luís Cardona ao inspecionar um regimento na frente de combate.

Conta que Cardona se deparou com um soldado que ostentava quatro medalhas no peito por valor nas batalhas; então chamou o comandante e perguntou: – “Por que este soldado ainda não foi promovido? ”. O oficial respondeu: – “Excelência, ele não recebeu as divisas porque não sabe ler, nem escrever…”

O General-Guia das tropas italianas foi curto e grosso: – “Quem lhe pede que leia e escreva? Seu merecimento está em tomar trincheiras…”. E promoveu o soldado a sargento.

No Brasil atual dos generais à paisana ocupando cargos no Governo Bolsonaro, saem promoções para os colegas analfabetos limitados a dar ordem unida; o prêmio é pela invasão das trincheiras da Democracia a fim de defender o desmatamento da Amazônia e a dispersão dos índios….

Passaram-se também várias eleições desde a redemocratização, mas as queixas contra o processo eleitoral de inspiração “trumpista” só apareceram através dos generais de pijama, subalternos ao Capitão expurgado por desobediência e subversão. Para nossa alegria, a maioria silenciosa nos quarteis não aceita esta insanidade.

Os generais que formaram o time da Escola Superior de Guerra se remexem nos túmulos, preocupando-se com os destinos do País e da Nação, e não cultuando a personalidade inexpressiva do capitão Bolsonaro, afastado do Exército por insubordinação.

Esta influência positiva ficou clara na negação dos comandantes das tropas do Exército, da Marinha e da Aeronáutica ignorando o convite para o “brienfing” do capitão Bolsonaro que nos envergonhou diante de embaixadores estrangeiros.

Nossos parabéns à oficialidade dos quarteis que herdeira da histórica ESG se mantém defensora da Pátria e da Democracia. Está representada na desatenção dos seus comandantes, general Marco Antônio Freire Gomes, almirante-de-esquadra, Almir Garnier Santos e tenente-brigadeiro-do-ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

Os militares da tropa conhecem as pesquisas de opinião pública e como pensa o povo através dos seus próximos. Sabem que o povo não cai na fantasia das “Jeremiadas” pregadas no culto pelos pastores bolsonaristas….

Brasileiros não creem que o conformismo seja recompensado pela graça dos céus, e não se calam com a perda do seu poder aquisitivo, que desconfiam dos governantes golpistas e que sentem a falta da alegria que a esperança no futuro trazia.

A alfabetização para reconduzir o Brasil aos trilhos da Ordem e do Progresso é o “fora Bolsonaro”, sem pensar em substituí-lo pelo pelego corrupto Lula da Silva, mas por um nome que surja como 3ª Via para nos salvar!