Roriz usou grana do BRB para subornar juízes

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Autorizada pela Justiça Federal, a PF flagrou em escuta telefônica o senador Joaquim Roriz combinando a partilha de R$ 2,2 milhões com o ex-presidente do Banco de Brasília, Tarcísio Franklin Moura. Defendendo-se, o Senador brasiliense usou a tribuna do Senado para um discurso patético tentando explicar e justificar o saque do cheque – que não era seu – do qual subtraiu R$ 300 mil emprestados para pagar uma bezerra nelore, e devolveu o restante ao empresário Nenê Constantino, seu amigo dono da Gol Linhas Aéreas. A retórica chorosa, fastidiosa e vazia não convenceu nem Deus nem Nossa Senhora, a quem apelou como testemunhas da sua lisura.

“Quem em sua vida nunca pediu um empréstimo a um amigo?”, recitou Roriz enfaticamente, apelando para um comprometimento coletivo: “Será que um senador não poderia pedir um empréstimo a um amigo de longa data?”. E, numa anáfora, tentou convencer os seus pares (e a audiência da TV-Senado): “Imaginem se pedir dinheiro emprestado é falta de decoro. Meu Deus! A que ponto chegamos?”

Esta declamação empolada que a ninguém persuadiu, estimulou a reportagem investigativa de uma revista elitista, que quer desestabilizar o PT-governo denunciando a corrupção. VEJA traz neste fim de semana um furo: a parte do dinheiro que não foi usada para transações pecuárias “teve destino explosivo”: serviu para subornar juízes do Tribunal Regional Eleitoral que livraram Roriz de cassação em 2006. Pelo jeito, vai ter muita gente importante ajoelhada, rezando na Catedral de Brasília…

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