Número de mortos em terremoto na China chega a 589

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Subiu para 589 o número de mortos em decorrência do terremoto que atingiu nesta quarta-feira (14) a província ocidental de Qinghai, no noroeste da China, de acordo com balanço da agência estatal chinesa Xinhua.

Ainda segundo a Xinhua, pelo menos outras 10 mil pessoas ficaram feridas no tremor, que teve seu epicentro no distrito de Yushu, na província autônoma tibetana de mesmo nome (veja mapa ao lado).

A rede de TV estatal Central China (CCTV) afirmou que mais de 900 pessoas já foram resgatadas com vida dos escombros, mas as condições geográficas da região dificultam os trabalhos de apoio às milhares de pessoas afetadas pelos tremores.

O governo informou que pelo menos mil soldados do exército e 5.000 socorristas serão enviados aos pontos atingidos pelo abalo. Os hospitais da província estão superlotados e com número insuficiente de médicos.

Um porta-voz da secretaria de emergência da província de Qinghai afirma que autoridades ainda avaliam o tamanho real da tragédia e temem que o número de vítimas possa ser muito maior, em virtude do horário dos abalos.

Entre os desaparecidos estão pelo menos 20 crianças que podem estar sob os destroços de uma escola, e dezenas pessoas foram presas dentro do prédio público que abriga o Departamento de Comércio e Indústria regional, parcialmente destruído.

“Estamos trabalhando para resgatar os estudantes. Estamos correndo para salvá-los”, Kang Zifu, um bombeiro local, informou a CCTV na tarde de quarta-feira, segundo o jornal norte-americano The New York Times.

A província de Yushu é uma região montanhosa, de difícil acesso e baixa densidade populacional. É habitada principalmente por fazendeiros e criadores de animais, em sua maioria de etnia tibetana, e trabalhadores ligados às minas de cobre e carvão.

O sismólogo Gu Guohua, entrevistado pela rede chinesa de televisão CCTV, afirmou que a destruição causada por um terremotos de cerca de sete pontos na escala Richter pode ser muito severa, em função das condições ruins da construção civil na região.

Muitas pessoas ainda estavam na cama pela manhã [quando o terremoto aconteceu]. As casas são de má qualidade”, afirmou Gu, explicando as condições que aumentam as chances de mortes.

O especialista também afirmou que os trabalhos de resgate são dificultados pelo difícil acesso à região.

Fonte: UOL Notícias

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