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PT e PMDB usam 2º turno como prévia para aliança em 2014

Estratégia é montar palanque forte para a reeleição de Dilma

A presidente Dilma Rousseff quer reeditar a aliança com o PMDB em 2014, quando pretende concorrer a um segundo mandato. A estratégia começou a ser construída em São Paulo, com o apoio do PMDB a Fernando Haddad, e já virou prioridade em outras praças do País. O objetivo é montar um palanque nacional pró-Dilma, isolar o PSDB e dar um sinal de alerta ao PSB do governador Eduardo Campos (PE), que se movimenta para assumir posição de destaque. O mapa político indica que o PT terá o PMDB ao seu lado em pelo menos 10 das 22 cidades onde disputa o segundo turno das eleições municipais. (Estadão)

Mensalão: PT e aliados afirmam que explorar mensalão é golpe

Em manifesto, partidos acusam oposição de tentar reverter conquistas de Lula

O PT e os principais partidos aliados divulgaram ontem manifesto em que acusam a oposição de golpismo por utilizar o julgamento do mensalão no STF durante a campanha eleitoral.

O documento, apresentado como defesa da “honra e dignidade” de Lula, compara o atual ambiente político ao que antecedeu o golpe militar (1964) e o suicídio de Getúlio Vargas (1954).

Com o aval de Dilma, o texto acusa PSDB, DEM e PPS de pressionar o STF para transformar o mensalão em um julgamento político e reverter as conquistas que marcaram a gestão Lula.

Entre os que assinam, está Marcos Pereira (PRB), coordenador da campanha de Celso Russomanno em São Paulo. Em nota, a oposição disse que o manifesto é fruto de “desespero”. (Folha de S. Paulo)

Cúpula do PMDB prefere “meia dúzia de cargos” à candidatura própria, diz Simon

O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou duramente a cúpula do PMDB durante seu discurso na convenção nacional da legenda neste sábado (12), em Brasília. “A meia dúzia de cargos no governo de FHC [Fernando Henrique Cardoso do PSDB] é igual a meia dúzia de cargos do governo Lula. Por causa de meia dúzia de cargos, o PMDB não pode ter uma candidatura própria?”, questionou. O peemedebista apoia a candidatura sem coligação do ex-governador do Paraná, Roberto Requião à Presidência.

Simon recriminou a legenda por ter decidido, na última hora, que os filiados teriam direito de também poder votar em Requião, além de concordar com a presença do presidente do PMDB, Michel Temer na chapa do PT, com a ex-ministra Dilma Rousseff para presidente.

“Até ontem às 5h da tarde não queriam registrar a nossa chapa. Quando ameaçamos entrar no Supremo Tribunal Federal, então eles registraram nossa chapa”, relata. O parlamentar esclarece que não é contra a pré-candidata petista à Presidência, nem contra os demais concorrentes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas defende que, pelo tamanho e a história da legenda, o PMDB deveria ter candidatura própria à Presidência, ainda que no segundo turno apoiasse o PT.

Simon, inclusive, elogiou a ex-ministra-chefe da Casa Civil, alegando que não há “ninguém no PT melhor” e que o governo Lula se divide em “antes e depois” de Dilma. “O meu discurso não é contra o Lula, eu gosto do Lula, acho que está fazendo uma grande administração. Mas cuidado com a soberba, é uma má conselheira”, justifica.

O senador sabe que é voz “do contra” do partido e reivindica que respeitem seus 60 anos de política e o trabalho que desenvolveu na legenda nos momentos mais ativos de resistência à ditadura e luta pela democracia.

Fonte: Uol Notícias
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Cúpula impõe Roseana ao PT do Maranhão

Quatro dias depois de obrigar o PT de Minas a apoiar o PMDB na disputa ao Palácio da Liberdade, a cúpula petista deve avalizar nesta sexta-feira, 11, a candidatura de Roseana Sarney (PMDB) a um segundo mandato, anulando a decisão do Diretório Estadual do partido, que em março aprovou a aliança com o deputado Flávio Dino (PC do B-MA).

O apoio a Roseana é uma exigência da pré-candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff, e do presidente Lula. Dilma comparecerá nesta sexta cedo à reunião do Diretório Nacional do PT, que vai bater o martelo sobre o imbróglio no Maranhão e ratificar a parceria em Minas com o PMDB.

A tendência é o PT aderir à campanha de Roseana. Motivo: a corrente Construindo um Novo Brasil (CNB), que tem a maioria do partido, fechou questão, ontem, pela aprovação da aliança com a filha do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP).

“Não se trata de intervenção porque o 4.º Congresso do PT, em fevereiro, deu ao Diretório Nacional atribuição para examinar em última instância as alianças nos Estados”, afirmou o presidente do PT, José Eduardo Dutra.

Fonte: Ricardo Noblat

Polícia apreende tabelas da Copa com foto de Dilma em Alagoas

A Polícia Militar de Alagoas apreendeu na manhã desta quarta-feira (9) centenas de tabelas da Copa do Mundo com fotografias na capa da pré-candidata à presidência Dilma Rousseff (PT) e do pré-candidato a deputado estadual presidente do PT no Estado, Joaquim Brito.

O material foi apreendido no Centro Educacional de Pesquisa Aplicada, em Maceió, maior complexo de escolas do Estado. No local, são matriculados em torno de 5.500 estudantes do nível médio.

Segundo a Batalhão de Policiamento Escolar, pelo menos cinco pessoas estavam distribuindo o material aos estudantes – entre elas três com menos de 18 anos de idade. Os militares faziam ronda de rotina quando perceberam a suposta propaganda eleitoral antecipada e abordaram os jovens.

Todo o material e os entregadores foram levados ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), que os encaminhou para análise do Ministério Público Eleitoral (MPE). Eles prestaram informações sobre as tabelas e foram liberados em seguida. Já o material ficou sob o poder dos procuradores eleitorais, que vão investigar o material e decidir se ingressam com representação por propaganda eleitoral antecipada.

Até o momento, o MPE já ingressou com representações contra 34 pré-candidatos por suposta propaganda eleitoral antecipada. Entre eles estão os principais nomes da disputa ao governo do Estado – Teotonio Vilela Filho (PSDB), Fernando Collor de Melo e Ronaldo Lessa (PDT) – e ao Senado – Benedito de Lira (PP), Heloísa Helena (PSOL), Renan Calheiros (PMDB).

Confirmação

Joaquim Brito confirmou que as tabelas foram confeccionadas e estavam sendo distribuídas à população. Ele afirmou que não tinha conhecimento da apreensão e disse receber a informação “com estranheza”. “Como apreenderam sem mandado judicial? Foi uma arbitrariedade dos policiais que fizeram essa ação, porque tabela da Copa não é propaganda, é material informativo”, disse o presidente do PT.

Brito afirmou ainda que vai esperar a notificação oficial, mas adiantou que não é o único a usar Copa do Mundo para se divulgar. “Vários candidatos fizeram tabelas, se a Polícia quiser, vá atrás que encontra. Por que apreenderam só as minhas?”, disse.

Questionado quantas tabelas foram confeccionadas, Brito disse que não sabia. “Foram amigos que mandaram fazer, não fui nem eu quem fez. Por isso, não sei lhe dizer quantas foram. Só sei que não é nada ilegal”, ratificou.

Tesoureiro do PT diz que consultará partido antes de aceitar acareação

O tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, se esquivou nesta terça-feira de participar de acareação com o corretor de câmbio Lúcio Bolonha Funaro, que acusou o petista em depoimento ao Ministério Público de desviar recursos da Bancoop (Cooperativa Habitacional dos Bancários) para o esquema do mensalão do partido.

Pressionado pela oposição para aceitar uma acareação com o corretor, Vaccari disse que precisa consultar o partido antes de decidir sobre o pedido. “Falo para os senhores, com todos os outros. Isso [acareação] temos que discutir depois com a direção partidária”, afirmou.

Para o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), a acareação é necessária uma vez que Funaro revelou ao Ministério Público os supostos desvios na Bancoop que teriam beneficiado o PT. “Não seria uma coisa boa fazer acareação com o doutor Funaro e Vossa Excelência, munido de consciência tranquila, poderia o desmoralizar frente a frente? É sugestão que faço.”

No depoimento a comissões do Senado, Vaccari disse desconhecer qualquer desvio de verbas da cooperativa para beneficiar o ex-ministro José Dirceu. Em 2005, na série de depoimentos que prestou ao Ministério Público Federal, Funaro acusa o ex-ministro de se beneficiar pessoalmente dos negócios fechados por fundos de pensão sob controle do PT. Funaro teria afirmado que tanto Dirceu quanto o PT teriam recebido “por fora” comissões de R$ 5,5 milhões.

“Não tenho conhecimento de nenhuma dessas citações. Nunca participei disso, em nenhuma hipótese”, afirmou. Tranquilo, Vaccari negou enfaticamente ter desviado dinheiro da cooperativa para irrigar os cofres do PT.

O tesoureiro afirmou aos senadores que as acusações do Ministério Público sobre o suposto esquema na Bancoop são inverídicas, num recado direto ao promotor José Carlos Blat –que, segundo a revista “Veja”, concluiu que a direção da Bancoop movimentou R$ 31 milhões em cheques para a própria cooperativa para não revelar o destino do dinheiro, que seria repassado ao PT.

“Do conjunto das acusações que a revista nos faz, isso não é verdadeiro. Tenho me dedicado à recuperação e à solução dos problemas que tivemos e temos ainda na Bancoop, que estamos caminhando para a solução deles”, disse.

O tesoureiro disse considerar “estranho” que após cinco anos de inquérito, Blat não tenha lhe convidado para prestar depoimento nas investigações. “O meu questionamento é por que o promotor que faz investigações não me dá o direito de me defender para que eu apresente documentos pertinentes. Coloque nos autos, faça acusações, para que eu possa apresentar documentos pertinentes”, afirmou.

Fonte: Uol Notícias

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Editorial da Folha

Vítima farsesca

 

Com tese de que a “mídia” o persegue, PT mantém figurino autoritário e se faz de injustiçado para encobrir falência moral

 

O TRUQUE é velho, e sua repetição só indica o hábito petista de afetar ares de pureza em meio ao pragmatismo mais inescrupuloso. Em documento oficial, a Executiva Nacional do PT reeditou, quinta-feira, a tese de que há uma “guerra de extermínio” contra o partido. Posteriormente, amenizou os termos. A promover tal “guerra” estariam “amplos setores do empresariado, particularmente a mídia”.
Mídia, no jargão corrente, significa todo jornal ou empresa de comunicação que não defenda figuras notórias do partido.

Como, por exemplo, o ex-ministro José Dirceu, beneficiário de uma contribuição de R$ 620 mil pela assessoria prestada a um grupo com interesse na reativação da Telebrás. Ou como os mensaleiros denunciados por quem era então aliado do governo, o deputado Roberto Jefferson; ou ainda os “aloprados” -termo que o presidente Lula foi o primeiro, aliás, a empregar- da campanha eleitoral de 2006. Como, também, aquele assessor de um deputado petista, que foi preso ao tentar embarcar num avião com cerca de U$ 100 mil dólares na cueca.
Aliás, se noticiar esse sistema de transportar dinheiro sonante fosse sinal de “guerra de extermínio”, seria agora o DEM, e não o PT, a principal vítima de uma suposta conspiração.
Mas nem mesmo os sequazes do governador Arruda arriscaram-se a ir tão longe no cinismo. É que a capacidade petista para a mentira tem origens diferentes, e mais antigas, do que a simples charamela lacrimosa dos espertalhões de voo curto.
Pois o PT, no clássico figurino stalinista, sempre pode dar uma interpretação “de classe” às críticas que venha a merecer. Como o partido se julga o representante místico dos “trabalhadores”, o financiamento escuso que receba de empreiteiras, as alterações legais casuísticas que promova em favor de uma empresa de telecomunicação, não representarão escândalo jamais.
Ao contrário: aliar-se financeiramente a “setores do empresariado” que vivem à sombra das benesses do governo, e aliar-se politicamente à escória do Legislativo brasileiro, torna-se um sinal de esperteza política na linha dos fins justificam os meios.
Autoabsolvido pelo venerável espírito hegeliano-marxista da História, o petismo pode fazer tudo o que condenava em seus adversários, e apresentar-se ainda assim como detentor das virtudes mais cristalinas.
Quem apontar a farsa será tachado de inimigo dos trabalhadores -e, na tese de uma imaginária “guerra de extermínio”, o PT mostra apenas a sua própria tentação totalitária.
Nessa lógica, que não admite críticas, faz-se de perseguido aquele que se apronta para perseguir; faz-se de vítima quem pretende ser algoz; faz-se de democrata o censor, de honesto o corrupto, de inocente o bandido. O PT perdeu a moral que tantas vezes ostentava quando na oposição. Perdeu a moral, mas não perde o autoritarismo, a mendacidade e a arrogância.

Fonte: Folha de SP, 7/3/10

Pimentel ajudou a fornir mensalão do PT, diz revista

Notícia veiculada na última edição da revista IstoÉ traz à tona detalhes ainda desconhecidos do caso do mensalão petista.

O repórter Hugo Marques, autor da reportagem, diz ter tido acesso às 69 mil páginas que recheiam o processo do mensalão, em tramitação no STF.

Em meio à papelada, encontrou o processo número 2008.38.00.012837-8. Trata da investigação de crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Tramita sob sigilo na 4ª Vara da Justiça Federal em Minas Gerais. E foi anexado aos autos do mensalão, no Supremo.

Esse processo leva à grelha do mensalão o nome de um grão-petista que passara incólume pelo escândalo: Fernando Pimentel.

Ex-prefeito de Belo Horizonte, Pimentel é coordenador informal da campanha de Dilma Rousseff. E disputa a vaga de candidato do PT ao governo mineiro.

Segundo IstoÉ, Pimentel frequenta as páginas do processo como um dos operadores da remessa ilegal de dinheiro para o exterior.

Parte da verba teria servido para pagar dívidas do PT com o publicitário Duda Mendonça, que fizera as campanhas do próprio Pimentel e de Lula.

Eis o que conta a revista:

1. Um procurador da República de Minas Gerais, Patrick Salgado Martins, discorre nos autos sobre as relações de Pimentel com um empresário e um contator.

2. O empresário chama-se Glauco Diniz Duarte. O contador, Alexandre Vianna de Aguilar. Juntos, teriam remetido ilegalmente aos EUA cerca de US$ 80 milhões.

3. A origem desse dinheiro, sustenta o Ministério Público, é um contrato da prefeitura de Belo Horizonte com a Câmara dos Dirigentes Lojistas.

4. Destinava-se à implantação de um projeto chamado Olho Vivo. Consistia na instalação de câmeras nas ruas da capital mineira. Segundo a Procuradoria, foi superfaturado.

5. Eis o que anotou o procurador Patrick Martins em sua denúncia: Há “[…] fundada suspeita de que o aludido convênio tenha sido ardiloso estratagema para desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar as dívidas de campanha do partido em território alienígena”.

6. Seguindo a rota do dinheiro, o Ministério Público verificou que pelo menos US$ 30 milhões migraram para contas da empresa Gedex International, nos EUA.

7. Diretor da Câmara de Dirigentes Logistas à época e dono da Gedex, o empresário Glauco Diniz Durarte teria repassado parte da verba para a conta Dusseldorf, de Duda Mendonça.

8. O procurador Patrick Martins escreveu: “As conexões mostram que eles intermediavam operações diversas com o objetivo de dissimular a natureza, origem, localização, movimentação e propriedade das quantias transacionadas, havendo ainda contra o acusado Glauco Diniz a suspeita de ter elaborado esquema de desvio de dinheiro público com a finalidade de saldar dívidas de campanha do PT”.

9. Afora a revelação de que nacos do mensalão podem ter tido origem em arcas públicas, a revista informa que o esquema serviu para custear despesas alheias a campanhas políticas.

10. Informa-se que uma mala contendo R$ 1 milhão do butim do mensalão teria sido enviada à Executiva do PT do Rio Grande do Sul.

11. A verba de má origem teria sido utilizada por dirigentes do PT gaúcho para saldar dívidas decorrentes da organização do Fórum Social Mundial.

13. No mais, afora uma infinidade de detalhes, o papelório reforça o já sabido: o mensalão financiou o pagamento de propinas ao consórcio partidpario que gravita em torno do governo Lula.

 

Fonte: Josias de Souza

Para não atrapalhar marcha do PT em 2010, o governo chama oportunismo de solidariedade

Publicado em por Marjorie Salu | Comentários desativados em Arnaldo Jabor comenta

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