Robert Rauschenber

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Robert Rauschenberg - Reservoir - 1961
Reservoir (1961)

Robert Rauschenber nasceu em 1925, em Port Arthur, no Texas e estudou no Kansas City Art Institute, no Academie Julian em Paris, e com Josef Albers no Black Mountain College na Carolina do Norte, antes de se fixar em Nova York onde estudou no Art Students League e onde desenvolveu relações mais profundas com Cy Twombly, Jasper Johns , John Cage, e Merce Cunningham.

É considerado um dos artístas de vanguarda da década de 1950, pois foi nessa época que, depois das séries de superfícies com jornal amassado do início da década, o artista deu início à chamada combine painting, utilizando-se de garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados para a composição de uma pintura composta por massa pigmentária como estes objetos. Estes trabalhos foram precursores da Pop Art.

Rauschenberg assim une a pintura à comunicação, desprovendo esta (em sua opinião) de sua “aura” – conceito desenvolvido nas obras de Walter Benjamin- e dizia não confiar em idéias, preferindo os materiais, pois eles o colocariam em confronto com o desconhecido. O artista, mais jovem, fez parte do movimento Dadá em Nova York, assim empregando ” processos de collage fotográfico e serigráfico, produzindo impressões diretas de objetos imagísticos sobre placas sensibilizadas”

Acreditava ele que a pintura se relacionava com a vida e com a arte, assim buscando agir entre estes dois pólos. Nessa perspectiva o artista em Bed pinta o que acredita-se ser sua própria coberta, tornando a obra tão pessoal e íntima quanto um auto-retrato, confrontando assim o pessoal de uma cama arrumada como tal, com o meio artístico, ao pendura-la em uma parede, na vertical. Assim ainda que a cama perca sua função, ela ainda pode ser relacionada à atividades íntimas nela exercidas.

Nesse marco, os limites entre a pintura e a escultura são tensionados até sua ruptura, bem como os limites entre o cotidiano e a arte. Os elementos inclusos em seu trabalho fazem referências à cultura popular, enfatizando a teoria de Rauschenberg sobre objetos diários e a arte.

Na década de 60 Rauschenberg usou o silk-screen para imprimir imagens fotográficas a grandes extensões da tela, unificando a composição através de grossas pinceladas de tinta e ganhou reconhecimento internacional na Bienal de Veneza de 1964.

Morreu em Tampa, na Flórida, no dia 13 de maio aos 82 anos. Tinha exposto recentemente no Museu de Serralves, no Porto.

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