DE VOLTA
MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)
“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios” (Montesquieu)
Como um filme, ainda passa nos meus olhos e na minha consciência, a luta que mantivemos nas redes sociais denunciando os roubos da quadrilha Lula-Cabral-Ricardo Teixeira-Paes nas Olimpíadas e na Copa do Mundo. Enfrentamos, além desta poderosa ORCRIM, a maré popular, ingênua e cega, encantada pela propaganda e um falso ufanismo.
É com alegria que vemos voltar à cena as denúncias de corrupção naqueles dois eventos, fazendo realidade a ficção exposta no excelente filme “De Volta para o Futuro” dirigido e escrito por Robert Zemeckis e a viagem no tempo de Marty McFly com as invenções malucas do Dr. Emmett Brown.
Não é só aqui que estão pipocando memórias e delações premiadas. Conforme noticiou o Le Monde na semana passada, a Justiça francesa investiga suspeitas de pagamento de propina na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
O pau já nasceu torto. Vimos Lula, no auge da sua popularidade, sempre cobiçoso, explorar a Copa do Mundo sediada no Brasil e se postou na linha de frente da gangue que corrompeu o Comitê Olímpico.
De braços dados com Ricardo Teixeira, o mafioso da CBF, e ao lado de Cabral, notório assaltante dos cofres públicos, Lula discursou em Johanesburgo dizendo que “A Copa será uma grande oportunidade para acelerar o crescimento em infraestrutura necessário para o desenvolvimento do nosso Brasil”.
Foi o aval necessário para a compra da eleição do Rio como sede olímpica. A transação foi executada por Arthur Cesar de Menezes Soares, amigo e sócio na roubalheira do ex-governador Sérgio Cabral.
É inegável que o assalto não teria se consumado se não fosse no palco da Fifa, a arqui-corrupta Federação Internacional de Futebol, e no COL, o não menos criminoso Comitê Olímpico.
Parafraseando Lula, na escandalosa roubalheira praticada pelos seus comparsas “foi uma grande oportunidade para estabelecer uma desenfreada corrupção e o fortalecimento da quadrilha que afundou o Brasil”.
É isto que agora aparece e se comprova de volta para o futuro. Assiste-se como era feito o favorecimento para empreiteiras, os sobrepreços, as propinas e o caixa dois. É com indignação e revolta que lembramos a construção e a reforma dos 12 estádios entre junho e julho de 2014. Desses 12, somente dois escaparam da sanha maldita dos quadrilheiros, o Beira-Rio, em Porto Alegre, e a Arena da Baixada, em Curitiba.
Delações da Odebrecht e da Andrade Gutierrez envolveram figurinhas carimbadas, além de Sérgio Cabral e Eduardo Paes. Entrou também na divisão do butim Eduardo Cunha, e Lula, este sempre poupado nas delações das grandes construtoras, embora tenha escorregado na lambança do Tríplex do Guarujá com outra beneficiária de obras, a OAS.
Ficou esclarecido o preço das propinas estabelecido por Sérgio Cabral: 5% do valor orçado nos empreendimentos, tanto em 2014 como em 2016. O montante do desvio criminoso, só na reforma do Maracanã, foi de R$ 30 milhões. Nas listas do Departamento de Propinas da Odebrecht com o pseudônimo “Nervosinho”, Eduardo Paes recebeu R$ 15 milhões, e Cunha, segundo a Procuradoria-Geral da República, R$ 1,9 milhão.
Diante deste quadro horrendo, voltemos ao passado com Rui Barbosa: “De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”.
DE VOLTA PARA O FUTURO? DE VOLTA PARA O PASSADO?
Não é só aqui que estão pipocando memórias e delações premiadas. Conforme noticiou o Le Monde na semana passada, a Justiça francesa investiga suspeitas de pagamento de propina na escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
O pau já nasceu torto. Vimos Lula, no auge da sua popularidade, sempre cobiçoso, explorar a Copa do Mundo sediada no Brasil e se postou na linha de frente da gangue que corrompeu o Comitê Olímpico. MIRANDA SÁ
“De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto”. RUI BARBOSA
Chegamos a um ponto tão Paradoxal se tratando de conduta Moral , que o brilhante Adjetivo Honesto, diante de tantos Atos de desvirtuação retrata um Status de Vergonha.
Parabéns pelo texto Mestre Miranda Sá.
Meu amigo infelizmente não tem jeito. Seremos sempre assaltados por esses quadrilheiros, gangster que tomaram o Brasil através da política. Estamos condenados a trabalhar e a drenar nossos suores através de impostos pra manter o status quo desses bandidos. Não vejo futuro!!!
Gostaria muito de ver no Brasil atual,o fim desses ladrões bem semelhante ao narrado no livro Chapadão do Bugre,onde o Capitão Eucaristo Rosa marcou uma entrevista com os políticos,e na ante sala o Sargento Hermenegildo desceu o machado neles,terminado ali um império de crimes.
Ao sempre Mestre Miranda …mil Salves!
O povo cansou, não se vê mais a euforia de antes, quando lutavamos nas ruas contra essa quadrilha, independente até mesmo de partido político. A justiça é morosa, poucos pagam pelos seis atos, e quanfo presos, acabam sendo soltos rapidamente, com uma tornozeleira como adorno.
Parabéns, Miranda pelo excelente artigo!
O mundo está cheio de ganância e egoismo. Nesse tipo de ambiente, alguns acham difícil ser diferente. Levados pela ambição egoísta ficam sedentos pelo poder. Também desenvolvem um certo desejo por mais dinheiro e bens, na verdade, infelizmente não se importam de agir de forma desonesta para alcançar seus objetivos, resumindo é “A influência do mundo perverso que vivemos.”
Desde que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa e depois as Olimpíadas , o cheiro da corrupção tomou conta do Brasil, mas quem fosse contrário a isso seria considerado contra o Brasil
Merecemos perder para a Alemanha de forma humilhante Na derrota vimos não só a superioridade dela no campo, mas na maneira como se preparou para chegar ao título
Hoje , vendo toda a infraestrutura caindo , os roubos sendo denunciados, resta uma sensação de fragilidade ,pois o que vimos ficará impune e as nossas críticas não os atingirão
Miranda, que bom ler as suas crônicas, mas seria tão bom que o Povão que vai as Urnas também as lessem e entendessem a mensagem!!!
Tuas palavras, somadas às de Rui Barbosa, representam um quinhão da podridão em que este país está imerso dentro de sua própria história. As elites políticas brasileiras permitiram e permitem que este, que poderia ser uma potência em função de sua grandeza, parou no tempo do desenvolvimento e da justiça social, infelizmente! O Brasil precisa ser “redescoberto”…
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