REFORMAS

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MIRANDA SÁ (E-mail: mirandasa@uol.com.br)

                                “É o progresso das ideias que traz as reformas, e não o progresso dos males públicos que as torna inevitáveis.” (Alexandre Herculano)

“Reforma” é a ação e o efeito de reformar. Este verbo, por sua vez, significa voltar a formar, refazer, modificar algo, emendar ou corrigir algo que está superado; tanto estrutural, de entidades, ou em relação à pessoa. É derivado do latim, do particípio passado de reformāre, «dar a primeira forma a, restabelecer; mudar, reformar, alterar. Em português, “reforma” é um substantivo feminino: a mudança introduzida em algo para fins de aprimoramento e obtenção de melhores resultados. Exemplificando a palavra, temos a recente reforma ortográfica no idioma…

A maior significação histórica de reforma registra-se no século 16, com o início das reformas religiosas provocadas pelos abusos papais conduzindo a Igreja Católica. Foi um notável fruto do pensamento renascentista.

A personalidade mais notável desta reforma foi o monge alemão Martinho Lutero, que contestou os dogmas do catolicismo, afixando críticas à doutrina vaticana na porta da Igreja de Wittenberg.

Em reação ao movimento protestante, a igreja católica respondeu com a contrarreforma, criada 38 anos depois e que, sem conseguir reverter a iniciativa de Lutero, deu margem a expansão do protestantismo e suas diversas expressões, luteranismo, calvinismo, anglicanismo e as modernas manifestações nascidas do pentecostalismo e da “Nova Era”: as igrejas evangélicas.

Mais tarde, no século 19, vieram as reformas políticas, como as revoluções francesa, americana e russa. Esta última, inspirada no marxismo, abriu um processo de luta interna ideológica conhecido como “reforma ou revolução”, a partir de um texto de Rosa Luxemburgo, publicado em 1900, e posteriormente a tese do teórico Bernstein, que produziu o “Manifesto de Champigny”.

A proposta reformista contradisse o princípio revolucionário de Lênin, defendendo a tese da conquista do socialismo através de reformas graduais do capitalismo. Previu assim, que o próprio capitalismo industrial faria as concessões que a classe trabalhadora goza nos dias de hoje.

No Brasil atual, vivemos a ânsia de reformas para modernizar a legislação social. O primeiro avanço veio recentemente com a reforma trabalhista que, entre outras coisas, acabou com o famigerado Imposto Sindical, obrigatoriedade fascista fixada na superada Consolidação das Leis do Trabalho.

A finada contribuição sindical sustentava uma pelegagem oportunista enraizada nos sindicatos, dominando-os com trapaças e prejudicando o verdadeiro sindicalismo. Foi defendida apenas pela ORCRIM lulopetista, a minoria ruidosa que assusta os débeis governantes, mas foi derrotada pela pressão das redes sociais.

O Projeto de Lei da Reforma Trabalhista (PL 6787/2016) foi relatado e defendido pelo deputado norte-rio-grandense Rogério Marinho, aprovado na Câmara Federal e habilitado pela CCJ do Senado Federal.

Enfrentando a “vanguarda da retaguarda” dos autodenominados “revolucionários”, temos pela frente outra reforma: a reforma previdenciária, que infelizmente não consegue estabelecer uma relação igualitária, sofrendo pressões corporativas, de militares e dos servidores públicos dos poderes Legislativo e Judiciário.

Concomitante, temos ainda a exigência nacional da reforma política para derrubar as leis elaboradas pelos políticos favorecendo a si próprios, com o financiamento dos partidos, privilégio revoltante do “foro privilegiado” e manobras para garantir reeleição dos seus mandatos desmoralizados tipo “Listra Fechada”, a “Lei da Ficha Suja” e o “Distritão”.

Os brasileiros conscientes querem o fim de toda desigualdade, por uma Previdência que respeite a cidadania como reza a Constituição, e uma atividade política que acabe com o financiamento de partidos que devem viver da contribuição dos seus aderentes.

 

 

3 respostas para REFORMAS

  1. WELTON REIS DOS SANTOS disse:

    Nosso país não é fácil. O tais progressistas não querem reformas e os conservadores a querem para evoluir. O conservadorismo socialista trabalhista é pura birra já que não são realizados pelos socialistas de direito, direito? Não ousaram em ser progressistas e estão zangados. Belo texto para refletir o socialismo tupiniquim.

  2. “A maior significação histórica de reforma registra-se no século 16, com o início das reformas religiosas provocadas pelos abusos papais conduzindo a Igreja Católica. Foi um notável fruto do pensamento renascentista” Miranda sá
    “”A Reforma na Idade Média” de Brenda Balton (Edições 70) só diz à página 20: “A Igreja tornara-se negligente e mundana”. E George Duby em “O Ano Mil” (Ed. 70) nem fala da vida”
    1) “Roma caput mundi”, como se dizia então, isto é: cabeça e centro do mundo. De fato, por mais de mil anos antes e depois de Cristo, Roma era a capital do império. Era o centro político de uma estratégia muito séria, ao ponto que abstraindo da Roma material, foi criado o conceito de “Dea Romaria” (a deusa Roma) que estaria vivendo espiritualmente na Roma material.
    (Carlo Bussola :Cientista do Vaticano durante os 15 anos do pontificado de Paulo VI)
    A linguagem arcana do profeta Daniel 04:07 até o 13 devem ter decodificação paralela com aquela relacionado com o reinado de Nabucodonosor:
    1º: O sonho do rei que não era nenhum profeta foi uma mensagem divina recebida em sonho pelo rei tão poderoso
    2º: A árvore com as dimensões do planeta simboliza a Igreja Católica, cujo último papa não é o Papa Francisco como pensam os supostos intérpretes de São Malaquias “O Profeta do Papas porque:
    Nostradamus em total acordo com as profecias da Monja de Desden e de São Malaquias previram:
    1º: Leão XIII foi um Cavalo Branco do Apocalipse com o sinal do Leão e reconduziu a Igreja Católica para o verdadeiro Caminho do Calvário, sintetizado por São Malaquias como Cruz da Verdadeira Cruz
    2º: Pio X foi o Cavalo Preto da primeira crise mundial provocada pela Revolução Industrial… Geradora de tão grande mal-estar entre as nações industrializadas, por causa da conquista de mercado, que um simples acidente diplomático do assassinato do Grão Duque da Áustria acabou por se transformar na no Cavalo Amarelo da 1ª Guerra Mundial: Para a Monja de Dresden ele foi o Cavalo Preto do Apocalipse com o Sinal da Piedade
    3º: Como referido no 2º item São Malaquias previu a 1ª Guerra Mundial fazendo-a contemporânea do pontificado de Bento XV, chamado pela Monja de Dresden de Cavalo Amarelo do Apocalipse com o Sinal da Bênção… Enquanto São Malaquias anteviu a mesma guerra como “Grande Fogueira Ardente”
    4º: Pio XI foi o Cavalo Vermelho do Apocalipse com o Sinal da Piedade, mas São Malaquias concorda com previsão dando realce… Ao fato do cristianismo ter-se se tornado despovoado com a perda dos cristãos da extinta União Soviética
    5º: Pio XII foi o Cavalo Amarelo do Apocalipse com o Sinal da Piedade, enquanto para São Malaquias ele foi o “Fé Intrépida”
    6º João XXIII foi o Cavalo Vermelho com o Sinal do Precursor do Messias, ao passo que São Malaquias o chama de “Pastor e Mensageiro de Deus”
    7º Paulo VI ao realizar viagens internacionais em direção à Colômbia, Terra Santa e Ásia deu cumprimento ao monte de São Malaquias conhecido como “PASTOR E NAUTA” enquanto a Monja de Dresden o chama de 2ª Crise do Cavalo Preto, com o Sinal de Paulo que era descendente da Tribo de Benjamim
    8º: João Paulo I não pode ser antevisto pela Monja de Desden com nenhum sinal, exceto através de referência ao nome dele que foi envenenado pela Cúria Vaticana… Ao informar que o antecessor deste pontífice teria o Sinal da Piedade e de forma bem diferente da maneira como Pio X, Pio XI, e Pio XII foram ditos serem portadores do Sinal da Piedade, João Paulo II foi portador do Sinal do seu antecessor
    .

  3. Marjorie Salu disse:

    Obrigado pelo seu erudito comentário que me obriga a caprichar mais nos meus textos… abraços