Cúpula do PMDB prefere “meia dúzia de cargos” à candidatura própria, diz Simon

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O senador Pedro Simon (PMDB-RS) criticou duramente a cúpula do PMDB durante seu discurso na convenção nacional da legenda neste sábado (12), em Brasília. “A meia dúzia de cargos no governo de FHC [Fernando Henrique Cardoso do PSDB] é igual a meia dúzia de cargos do governo Lula. Por causa de meia dúzia de cargos, o PMDB não pode ter uma candidatura própria?”, questionou. O peemedebista apoia a candidatura sem coligação do ex-governador do Paraná, Roberto Requião à Presidência.

Simon recriminou a legenda por ter decidido, na última hora, que os filiados teriam direito de também poder votar em Requião, além de concordar com a presença do presidente do PMDB, Michel Temer na chapa do PT, com a ex-ministra Dilma Rousseff para presidente.

“Até ontem às 5h da tarde não queriam registrar a nossa chapa. Quando ameaçamos entrar no Supremo Tribunal Federal, então eles registraram nossa chapa”, relata. O parlamentar esclarece que não é contra a pré-candidata petista à Presidência, nem contra os demais concorrentes e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas defende que, pelo tamanho e a história da legenda, o PMDB deveria ter candidatura própria à Presidência, ainda que no segundo turno apoiasse o PT.

Simon, inclusive, elogiou a ex-ministra-chefe da Casa Civil, alegando que não há “ninguém no PT melhor” e que o governo Lula se divide em “antes e depois” de Dilma. “O meu discurso não é contra o Lula, eu gosto do Lula, acho que está fazendo uma grande administração. Mas cuidado com a soberba, é uma má conselheira”, justifica.

O senador sabe que é voz “do contra” do partido e reivindica que respeitem seus 60 anos de política e o trabalho que desenvolveu na legenda nos momentos mais ativos de resistência à ditadura e luta pela democracia.

Fonte: Uol Notícias

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