Arruda exonera secretário e afasta quatro assessores diretos após denúncia

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O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), exonerou hoje o secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa e afastou dos cargos outros quatro assessores diretos –dois secretários, um chefe de gabinete e um assessor de imprensa.

Barbosa fez escutas de Arruda supostamente oferecendo propina para parlamentares da base aliada na Câmara Legislativa do Distrito Federal.

As gravações foram reveladas hoje, após a Polícia Federal deflagrar uma operação de busca e apreensão nas casas, gabinetes e escritórios de deputados distritais, secretários estaduais, assessores de Arruda e empresários que prestam serviços para o Distrito Federal.

Arruda afastou dos cargos José Luiz Valente (secretário de Educação), José Geraldo Maciel (secretário-chefe da Casa Civil), Fábio Simão (chefe de gabinete) e Omézio Pontes (assessor de imprensa do governo do DF). Apesar de afastados dos cargos, eles continuam trabalhando para o governo do DF.

Interlocutores da PF dizem que Barbosa ficará sob proteção policial. Ele fez as gravações depois de fazer um acordo de delação premiada para reduzir pena por crimes de corrupção praticados no governo de Joaquim Roriz –antecessor de Arruda.

De acordo com despacho do ministro Fernando Gonçalves, do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a gravação de Barbosa mostraria Arruda oferecendo R$ 400 mil para a base aliada. Em outro trecho, Arruda teria ofertado outros R$ 200 mil para o “mesmo destino” –a base aliada. A PF investiga o objetivo do suposto mensalinho pago por Arruda a aliados.

Com base nas gravações feitas por Barbosa, a PF realizou hoje buscas nas seguintes empresas: Infoeducacional, Vertax, Adler e Linknet.

Essas empresas, segundo o despacho do STJ, seriam responsáveis por levantar os R$ 600 mil que Arruda supostamente teria mandado oferecer à base aliada. As empresas repassariam o dinheiro ao GDF, que o encaminharia à base governista.

Fonte: UOL Notícias

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