Míriam Leitão comenta

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Sem horizonte

Os investimentos ainda não voltaram. Siderúrgicas retomaram apenas 10% dos projetos cortados na crise. Montadoras, 7%. Mineradoras continuam cortando. As empresas contam que para investir é preciso estar sobretudo confiante de que no futuro haverá mercado para seu produto. O governo cobra dos empresários, mas não tem feito a parte dele. Investe pouco, gasta mal.

As empresas, mesmo as de setores ajudados pelo governo na crise, não retomaram totalmente seus projetos. É o caso da siderurgia, que se beneficiou com aumento de alíquotas para proteger-se do aço importado da China. O setor cortou R$ 36 bilhões de investimentos previstos e só retomou R$ 4 bilhões. O setor automotivo, que teve a vantagem da redução do IPI, suspendeu R$ 15 bilhões e retomou apenas R$ 1 bilhão.

Investimento é crescimento futuro, é capacidade para produzir mais. Só que as empresas não estão tão certas do que têm pela frente. A demanda externa continua enfraquecida e economistas têm alertado para o risco de uma segunda onda de recessão mundial. O tal cenário de crise em W. O governo quer empresas investindo e justifica que a demanda vai subir rapidamente no próximo ano. Mas quem garante?

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